segunda-feira, 29 de julho de 2013

QUE DIREITA CARA-PÁLIDA? Por: Antônio Sávio.


Que direita cara-pálida? Por: Antônio Sávio.Que direita cara-pálida? Por: Antônio Sávio.

A falta de uma política de desenvolvimento cultural no país e a ausência cada vez maior de verdadeiros intelectuais dá passe livre para a propagação de mentiras e picaretas das mais diversas dentro do jornalismo, das escolas e universidades até que, por fim, estas tomam corpo em toda a sociedade.

 As mentiras de ontem que eram prontamente refutadas por um Nelson Rodrigues, um Gustavo Corção, um Paulo Francis agora, sem um front são aplaudidas de pé num uníssono de patetas travestidos de intelectuais ou jornalistas. Hoje, qualquer pateta com diploma universitário pode sair por aí dando seus palpites sem o menor compromisso com a verdade fazendo engrossar cada vez mais o coro de mentirosos ou enganados na melhor das hipóteses. 

 Alguns desavisados – aliás, temos muitos – podem argumentar que tivemos quase 500 anos de governo de direita no país e que agora estamos entre as principais economias do mundo graças aos recentes governos de esquerda. A afirmação acima deve ser depurada para que mais mentiras não se espalhem despropositadamente. Antes de qualquer coisa não se pode considerar o PSDB como um governo de direita, uma vez que entre as principais ações do senhor FHC quando presidente foi de propagar as doutrinas marxistas em algumas escolas de São Paulo, com ajuda de seu respectivo governador na época. Alguns insistentes ainda podem alegar sobre as privatizações, porém, o próprio Marx nos avisa que quando conveniente, para financiar sua própria doutrina econômica, era cabível a privatização, bem como o aumento de tributos através do importo de renda contínuo, até sufocar a classe empresarial. 

 Não se pode isolar o problema em questão apenas sobre a ótica econômica. As transformações no país se dão também no âmbito moral, religioso e cultural. É fácil perceber o solapamento dos costumes nos últimos dez anos é visível, e, para quem é mais velho, pode-se dizer que hoje vivemos em outro mundo. Tais mudanças não se dão como alguns progressistas afoitos dizem de boca cheia, que sempre são para melhor. Prova disso é que temos hoje um dos países mais violentos do mundo e com um dos piores índices de alfabetização. O declínio cultural em relação às décadas de 40, 50, 60 e 70 é tão absurdo que nem vale a pena comentar. Os grandes nomes que compunham a nossa cultura se foram, apesar de deixarem suas obras, onde as mesmas são desprezadas de forma irresponsável seja pelos governos ou por qualquer outra iniciativa privada.

 A crença tola que o que temos de melhor em nossa cultura seja a bossa nova, a tropicália e o tambor de crioula é uma afronta arrogante e prepotente uma vez que, supervalorizando tais culturas e renegando nomes como José Guilherme Merquior, Mário Ferreira dos Santos, Meira Penna, Farias Brito, Otto Maria Carpeaux, Marques Rebelo, Graciliano Ramos entre uma infinidade de gênios, só pode nos fazer pensar que estão muito acima desses meros (i) mortais.

 O que torna a situação cômica, é que os governos ditos de direita, como PSDB, por exemplo, que, por uma obrigação democrática, teriam que fazer frente a esta situação, nada fez e nada faz. Isto se dá pelo fato de que nenhum dos seus membros perceberem ainda que a estrutura que dá escolha ao voto, apesar de uma série de intervenções como a compra de votos, por exemplo, se dá através da formação do imaginário, da propaganda e do marketing disseminadas dia e noite e impregnando a cultura. Ora, basta entrar em qualquer universidade brasileira para saber que enquanto os “partidos de direita” (como se existisse de fato algum) dormem, a esquerda, partidária ou não, filiada ou não, declarada ou não, trabalha através de seus cabos-eleitorais travestidos de professores universitários. 

 Portanto, os partidos de esquerda, evidentemente não trabalham apenas em seu período eleitoral, mas dia e noite, onde quer estejam, qualquer situação lhes favorece para gritar para a massa de excluídos seu discurso panfletário. Qualquer erro serve para atirar nas costas dos direitistas, capitalistas, conservadores. Homofóbico! Este serve para os pais de família mais rígidos. Direitista! – Sim, ser de direita é crime no Brasil, contrariando o próprio direito constitucional. Este serve para que não for a favor de cotas, de mais impostos e não gostar do governo Lula-Dilma. Assim, numa situação claustrofóbica os que então poderiam dar ao país uma maior pluralidade de pensamente temem de imediato se identificar com qualquer um dos slogans citados. Afinal, quem quer ser tachado de homofóbico ou elitista, não é verdade? 

 Sem a disseminação de idéias contrárias e fundamentais para a formação cultural de qualquer país, como clássicos da filosofia e também do pensamento conservador, que na pior das hipóteses deveria ser estudado, para que daí se desenvolvesse alguma crítica com fundamento, estes são carinhosamente ocultados do público em geral, dando assim, como já foi dito acima, passe livre para a picaretagem em geral posar de sabichões. Mas quem não se identifica com tais propósitos de um modo geral não tem do que reclamar, pois se nada faz é por estar muito confortável. Tanto é que andei por curiosidade a visitar algumas bibliotecas de cidades do Ceará, Maranhão e Piauí e percebi em suas bibliotecas as mais vastas obras para disseminação do pensamento esquerdista como livros de Marx, biografias de Che, história gloriosa as Rússia e tudo que possa dar aparato as mais diversas mentiras enquanto que literalmente nada, nenhuma publicação de um só conservador, ou um liberal no sentido econômico. 

 É assim que ganham votos fáceis. Basta não fazer nada que eles próprios põem as cordas em seus pescoços. Democracia aqui é assim: Eu deixo você falar desde que você concorde comigo! E é claro que tem gente que aceita essa condição humilhante, para pelo menos se fazer “presente” apesar das mordaças e dos grilhões. 

FONTE:http://blogdocrato.blogspot.com.br/2012/01/que-direita-cara-palida-por-antonio.html

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