terça-feira, 17 de dezembro de 2013

"A Imprensa faz mal à democracia" - Luiz Inácio Lula da Silva

Lula revela: a imprensa faz mal à democracia

As palavras de Lula põem gasolina no fogo dos vândalos que atacam carros da imprensa nas ruas

GUILHERME FIUZA (foto)

Discursando no Senado, em comemoração aos 25 anos de promulgação da Constituição, Lula disse que a imprensa “avacalha a política”. E explicou que quem agride a política propõe a ditadura. Parem as máquinas: para o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, a imprensa brasileira atenta contra a democracia. É uma acusação grave.

O Brasil não tinha se dado conta de que os jornais, as rádios, a internet e as televisões punham em risco sua vida democrática. Felizmente o país tem um líder atento como Lula, capaz de perceber que os jornalistas brasileiros estão tramando uma ditadura. Espera-se que a denúncia do filho do Brasil e pai do PT tenha acontecido a tempo de evitar o pior.

No mesmo discurso, Lula cobriu José Sarney de elogios. Disse que o senador maranhense, então presidente da República, foi tão importante na Constituinte quanto Ulysses Guimarães. Para Lula, Sarney sim é, ao contrário da imprensa, um herói da democracia. É compreensível essa afinidade entre os dois ex-presidentes. Sarney e seu filho Fernando armaram a mordaça contra O Estado de S. Paulo. Proibiram o jornal de publicar notícias sobre a investigação da família Sarney por tráfico de influência no Senado, durante o governo do PT. Isso é que é democracia.

A imprensa é mesmo um perigo para a política nacional. Ela acaba de espalhar mais uma coisa horrenda sobre o governo popular – divulgou um relatório do FMI que denuncia a “contabilidade criativa” na tesouraria de Dilma. Contabilidade criativa é uma expressão macia para roubo, já que se trata de fraudar números para esconder dívidas e gastar mais o dinheiro do contribuinte. Assim, a imprensa avacalha a política petista, cassando-lhe o direito democrático de avacalhar as contas públicas.

Lula faz essa declaração no momento em que manifestantes em São Paulo e no Rio de Janeiro, numa epidemia fascista, depredam e incendeiam carros da imprensa, além de agredir jornalistas. Luiz Inácio sabe o que faz. Sabe que suas palavras são gasolina nesse fogo. E não há nada mais democrático do que insuflar vândalos contra a imprensa – já que o método Sarney de mordaça é muito trabalhoso, além de caro.

Do fundo do mar, onde desapareceu há 21 anos, Ulysses Guimarães deve estar quase vindo à tona para tentar entender como Lula conseguiu exaltar a Constituição cidadã e condenar a imprensa num mesmo discurso. Ulysses morreu vendo a imprensa expor os podres de um presidente que seria posto na rua. Ulysses viu a imprensa ressurgir depois do massacre militar contra a liberdade de expressão. Ele mesmo doou parte de sua vida nessa batalha contra o silêncio de chumbo. Ao promulgar a Constituição cidadã, jamais imaginaria que, um quarto de século depois, um ex-oprimido descobriria que o mal da democracia é a imprensa. E estimularia jovens boçais a fazer o que os tanques faziam contra essa praga do jornalismo.

Lula saiu de seu discurso no Senado e foi almoçar com Collor – cujo governo democraticamente conduzido pelo esquema PC também foi avacalhado pelos jornalistas. A união entre Lula e Collor é uma das garantias do Brasil contra a ditadura da imprensa, essa entidade truculenta e abelhuda. E o país se tranquiliza ainda mais ao saber que Lula e Collor estão unidos a Sarney. Com esse trio, a democracia brasileira está a salvo.

Chegará o dia em que a televisão e o rádio servirão apenas aos pronunciamentos de Dilma Rousseff em nome de seus padrinhos, poupando os brasileiros de assuntos ditatoriais como mensalão, contabilidade criativa, tráfico de influência, Rosemary Noronha e outras avacalhações.

Infelizmente Collor se atrasou e não pôde comparecer ao almoço. Lula pôde celebrar seu discurso com outros democratas, como o seu anfitrião, o senador Gim Argello (PTB-DF) – a quem a imprensa golpista também vive avacalhando, só porque ele responde a vários processos e a inquérito no STF por apropriação indébita, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Com a mídia avacalhando a política desse jeito, não dá nem para almoçar em paz com um amigo do peito.

A Argentina e a Venezuela, que Lula e o PT exaltam como exemplos de democracia, já conseguiram domesticar boa parte da imprensa. Com a reeleição de Dilma, o Brasil chega lá.


FONTE: Revista ÉPOCA

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

SALÁRIO X PATRIMÔNIO - QUEM TOPA FAZER O CONFRONTO? George Macário de Brito

SALÁRIO X PATRIMÔNIO - QUEM TOPA FAZER O CONFRONTO?

O confronto entre SALÁRIO(RENDA) E PATRIMÔNIO deveria ser uma prática comum e anualmente executada, envolvendo todos os agentes públicos, sejam eles, ELEITOS, NOMEADOS OU CONCURSADOS.

Todos sabem que a evolução patrimonial honesta é motivo de orgulho para qualquer cidadão. Quem não gostaria de ficar bem de vida? Todos que trabalham têm este objetivo! Evoluir é o caminho da maioria, principalmente, do ponto de vista material. Entretanto, há de se levar em conta, como se fazer para chegar e alcançar a sonhada fortuna...

Aí é onde mora o problema! Tanto a iniciativa privada ou no setor público, quanto na iniciativa privada envolvida com a pública, são opções de caminhos a serem percorridos, entre diferentes modos de condução dos agentes.

Na iniciativa pública, onde o dinheiro do Povo está diretamente envolvido, é o setor que deveria contar com a maior e mais radical austeridade possível. Não é o que ocorre! Mas, admitamos que, nas duas últimas décadas, aconteceram muitas mudanças sobre este controle e fiscalização, sobretudo, através de ações do Ministério Público(Federal e Estaduais), Controladorias, Tribunais de Contas, Polícia Federal,  Receita Federal, entre outros. Muito já se tem feito para inibir a ação daqueles que entram no serviço público e  formam riqueza com o nosso dinheiro.

É DIFÍCIL A SOLUÇÃO PARA RESOLVER UM DOS MAIORES PROBLEMAS DO BRASIL, QUE É, SEM DÚVIDA, O DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DE AGENTES PÚBLICOS. Sejam eles, de quaisquer órgãos, estejam investidos em quaisquer cargos, a começar do Presidente da República até o de menos importância, desde que seja pago com o dinheiro do Povo, aquele equivalente a um salário mínimo. TODOS MESMO! Deveriam passar por uma averiguação entre O QUEM RECEBEM (em termo de rendimentos), sendo comparados com o seu padrão de vida, com o QUE POSSUEM PATRIMONIALMENTE. Aliás, em casos especiais, a averiguação judicial de seus familiares, em caso de investigação e suspeita de participação neste tipo de crime.

Vejam o exemplo dos servidores da Prefeitura de São Paulo. Um deles, hoje preso, trabalharia 200 anos para construir um Patrimônio de R$ 60.000.000,00 (SESSENTA MILHÕES DE REAIS), percebendo um salário mensal de pouco mais de R$ 12.000,00(DOZE MIL REAIS). Mas, andava de Ferrari, bancado pelo dinheiro público, pelo nosso SUOR!

A PERGUNTA É: QUANTOS DESSES CORRUPTOS EXISTEM NOS SERVIÇOS PÚBLICOS PELO BRASIL AFORA? NO EXECUTIVO, NO LEGISLATIVO E, POR QUE NÃO, NO JUDICIÁRIO?

Tenho certeza que, eu e milhões de brasileiros, somos a favor de que todos Servidores Públicos passem, anualmente, por um controle entre: O VALOR QUE RECEBEM EM SALÁRIOS (RENDIMENTOS),  ESTES COMPARADOS AO QUE POSSUEM, EM TERMOS PATRIMONIAIS.

SE ELE GANHOU "X" POR ANO, MAS SEU PATRIMÔNIO VALE "X"+"Y+T+J+W"(muito superior)... SE A MATEMÁTICA NÃO BATER... VAI TER QUE SE EXPLICAR! SE NÃO CONSEGUIR PROVAR, TEM QUE DEVOLVER "O PRODUTO"... E  PODE PRENDER QUE É LADRÃO! CORRUPTO! MERECE CADEIA!

George Macário de Brito - Advogado / Editor 





 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

LEIS CONTRA A POLUIÇÃO SONORA - George Macário

MATÉRIA DE UTILIDADE PÚBLICA:

SOFRENDO COM O BARULHO DE PAREDÃO DE SOM?
VEJA ALGUMAS LEIS CONTRA QUALQUER TIPO DE POLUIÇÃO SONORA:

 
Postado por George Macário de Brito - Advogado e Especialista neste tipo de problema.

a)CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ART. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

b)CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO ( Lei n. 10.406/02) - ART. 1.277 - O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.
PARÁGRAFO ÚNICO: Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança.
ART. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal.
ART. 1.279. Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis.

c) LEI ESTADUAL N. 13.711 (D.O DE 21/12/05) -ART. 1º Ficam expressamente proibidos, no Estado do Ceará, independente da medição de nível sonoro, utilizar quaisquer sistemas e fontes de som:
I – os estabelecimentos comerciais, com a finalidade de fazer propaganda publicitária e/ou divulgação de produtos ou serviços;
II – os carros de som, volantes ou assemelhados em vias públicas;
III – os veículos particulares, em vias públicas, com volume que se faça audível fora do recinto destes veículos.

d) LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS - (Decreto-Lei . 3.688/41) - ART. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:
I - com gritaria ou algazarra;
II - exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III - abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV - provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda:
Pena - prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

e) LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS - (Lei n. 9.605/98) - ART. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
ART. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

f) CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - ( Lei n. 9.503/97) - ART. 104. Os veículos em circulação terão suas condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e ruído.
ART. 227. Usar buzina:
I - em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões e freqüências estabelecidas pelo CONTRAN:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
ART. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou freqüência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.

FONTE: CARTILHA POLUIÇÃO SONORA - O QUE FAZER?
Publicada pelo Ministério Público, Promotorias de Justiça do Crato e Prefeitura Municipal / SEMAC. - Edição 2010.

NÃO DEIXE QUE O ABUSO DE POUCOS "FALE MAIS ALTO" DO QUE O DIREITO DE TODOS. FAÇA VALER OS SEUS, OS NOSSOS DIREITOS!
ACIONE A POLÍCIA E O MINISTÉRIO PÚBLICO!
DENUNCIE!!!

sábado, 23 de novembro de 2013

O NACIONALISMO NEGRO - Rodrigo Constantino

O NACIONALISMO NEGRO - Rodrigo Constantino
 
“O racialismo exibe-se, agora, como ele realmente é: um programa de divisão dos brasileiros segundo o critério envenenado da raça.” – Demétrio Magnoli




Thomas Sowell já havia alertado: uma vez que programas de ações afirmativas são adotados, raramente são temporários e quase sempre se expandem. É o que estamos vendo no Brasil de hoje. As cotas raciais, que segregam o povo com base no esdrúxulo conceito de raça (para combater o racismo!), vão chegar ao Congresso, aos cargos públicos, a todo lugar no que depender dos seus defensores.

Demétrio Magnoli, em artigo no GLOBO, desmascara as reais intenções dessa turma. Nunca bradam abertamente seus reais objetivos, pois sabem que haveria muita rejeição. Por isso usam tantas máscaras, e procuram monopolizar os fins nobres, quais sejam, ajudar os negros e combater o racismo. Se você se coloca contrário aos meios por eles pregados, você só pode ser contra seus fins louváveis! Diz Demétrio:

As diferenças históricas entre EUA e Brasil têm implicação direta na gramática do discurso político. Lá, o nacionalismo negro é uma proposição clara, que provoca um debate público informado — e, quando Barack Obama se define como mestiço, emerge uma resposta desconcertante no cenário conhecido da polaridade racial. Aqui, os arautos do nacionalismo negro operam por meio de subterfúgios, escondendo-se atrás do pretexto fácil da desigualdade social — e encontram políticos oportunistas, juízes populistas e intelectuais preguiçosos o suficiente para conceder-lhes o privilégio da prestidigitação.

“Tirem a máscara!” — eis a exigência que deve ser dirigida aos nossos racialistas, na hora em que apresentam a PEC do Parlamento Racial. Saiam à luz do dia e conclamem o Brasil a escrever uma nova Constituição, redefinindo-se como um Estado binacional. Digam aos brasileiros que vocês não querem direitos iguais e oportunidades para todos numa república democrática, mas almejam apenas a condição de líderes políticos de um movimento racial. Vocês não têm vergonha de ocultar seu programa retrógrado à sombra da persistente ruína de nossas escolas públicas?

Não, eles não têm vergonha. Se tivessem, não defenderiam as cotas raciais, não tentariam dividir o Brasil em dois, não rotulariam as intenções daqueles que deles discordam. Fazem tudo isso porque não têm vergonha. Vão acabar criando conflitos raciais em um país mestiço. Vão prejudicar os pobres que têm a cor de pele mais clara à custa de uma elite parda.
Mas ai de quem falar isso abertamente! Para uma Míriam Leitão da vida, será logo tachado de “direita hidrófoba”, que não foca nos argumentos e só quer fama. Ela, que não liga para fama, dinheiro ou vaidade, e só foca nos argumentos, dirá logo que a cor da pele é um argumento definitivo. E se alguém tradicionalmente de esquerda como o sociólogo Demétrio Magnoli não concordar, ele que vá para o rol dos reacionários raivosos!

PS: Deu no Ancelmo Gois hoje que outro sociólogo, Paulo Delgado, teria dito sobre a frustração de muitos com Obama: “Todo mundo pensava que ele era preto. Mas depois descobriram que ele é mesmo… americano”. Confirma isso, produção? Pode isso, Arnaldo? Isso é racismo reverso, claro! Mas esse pode, pelo visto. Sowell, citado logo no começo, é negro e americano. Mas vai ver ele é só americano, coisa ruim, e traidor de sua “raça”. Conheço pouca gente tão racista quanto aqueles que juram lutar contra o racismo e enxergam o mundo dividido apenas em raças…

FONTE: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/racismo/o-nacionalismo-negro/

Danilo Gentili e a Prisão dos Mensaleiros

Danilo Gentili e a Prisão dos mensaleiros

Se o texto fica extenso é chato pra ler. Então serei bem objetivo, ok? Tem hora que você precisa chamar as coisas pelo nome.
1) Quando ficou comprovado todo esquema de corrupção, o PT, diferente de outros partidos, não expulsou Genoíno, Zé Dirceu, Paulo Cunha, Delúbio e cia. Ao contrário. Abraçou-os ainda mais. Se esses caras são criminosos condenados pela Justiça e ainda são membros do PT, significa que o PT concorda com os crimes desses caras, admite criminosos entre seus membros e portanto é uma instituição criminosa. A juventude do PT fez um jantar para arrecadar fundos para os mensaleiros. Eles amam ou não esse caras que cometeram crimes contra você? Após a prisão, o próprio Lula ligou pros caras e disse: “Estamos Juntos”. Ele é ou não um comparsa? Você vai engolir isso?

2) O sentimento de vergonha alheia ao ver Dirceu com sorriso amarelo e Genoíno quase se cagando tentando manter a dignidade (coisa que não conseguiu) ao fazer aquele gestinho comunista patético, foi diametralmente substituído por enorme regozijo ao constatar que todo mundo cagou para a tentativa de imprimirem alguma pose heróica ao serem presos. Os caras fizeram o gesto "sagrado" entre assassinos e genocidas do nacional e do internacional socialismo. E esse gesto “sagrado" está, até agora, sendo amplamente profanado e ridicularizado pela internet, ultrapassando em milhas e milhas qualquer mensagem de apoio aos mesmos. Isso deixa claro que num ambiente realmente livre esses caras não são respeitados, suas ideologias são abominadas e a rejeição ao que eles planejam é gigantesca. Na internet, um ambiente que respira liberdade, fica nítido que esses caras são ridículos e não merecem respeito. Por isso, eles estão desesperados para criar o tal Marco Civil da Internete acabar com esse ambiente 100% livre. Eles precisam urgentemente controlar o que você faz, lê e fala por aqui para evitar esse tipo de coisa futuramente. Você vai engolir isso? 

3) Petistas, blogueiros e twitteiros (alguns pagos inclusive com o seu dinheiro) continuam chamando Joaquim Barbosa de Macaco e Capitão do Mato pela internet. Uma rápida pesquisa e você encontrará até montagens gráficas colocando o Juiz nessas imagens. Nenhum militante de minorias ou patrulheiro do politicamente correto parece se importar com isso no momento. Justo eles que são tão atentos as minhas piadas, por exemplo. Preciso de mais provas que esse discurso de minorias é monopólio dos esquerdistas que por sua vez escolhem a dedo o que é racismo e o que não é para tentar calar ou rebaixar alguém que os incomoda? O que é racismo? Homofobia? Machismo? Se for de um esquerdista é um detalhe a ser ignorado. Se for de um opositor é um crime. Se você for do lado deles pode ser racista, criminoso e até mesmo matar (aliás, eles imprimem fotos de genocidas e usam na camiseta. Adoram isso). Pesquise na internet e comprove que o mesmo tipo de gente, os mesmos perfils fakes e reais no twitter e facebook e os mesmos blogueiros pagos por banners estatais que enchem o saco de comediante ou jornalista opositor dizendo que estão numa cruzada contra o racismo são os mesmos que no momento defendem os corruptos e estão, não com piadas, mas de forma séria e agressiva, chamando um honrado homem que cumpriu seu dever de macaco. Você vai engolir isso?

 
4) A tentativa de tentar passar por nossa goela que Dirceu e Genoíno são “presos políticos” consegue ser mais patética ainda do que aquele gestinho de punho cerrado que ambos fizeram quase se cagando nas calças e convulsionando em chiliquinhos risíveis. Como pode dois caras do partido de situação, do alto escalão do atual governo, da alta cúpula do PT, serem presos por perseguição política dentro do País que o seu governo comanda há 11 anos? Aliás, onze pessoas do esquema de corrupção foram presas. Mas somente os dois mais "famosinhos" e do alto escalão do PT são presos "políticos". Você vai engolir isso?

5) Por serem do partido dominante e da alta cúpula do governo não resta dúvidas que esses caras serão soltos logo. Ou cumprirão a pena com inúmeras regalias que você jamais terá direito caso um dia vá preso. E olhando para a Venezuela, aliada de longa data do PT na América Latina, ser preso em breve pode significar apenas "Não concordar com o governo". Separe então esse momento que você viu alguns sociopatas serem presos, não para celebrar o fim da impunidade, pois ela está longe de acontecer. Separe esse momento para identificar os que estão contra você. Se informe sobre todos artistas, intelectuais, jornalistas, revistas, blogueiros, militantes e políticos que estão nesse exato momento defendendo esses criminosos e mandando mensagem de apoio pra eles - guarde esses nomes. Não confie neles. Todos aqueles que estão a favor de Genoíno, Dirceu e mensaleiros são exatamente os mesmos que estão contra você. Não engula isso.

Danilo Gentili

17/11/2013

domingo, 17 de novembro de 2013

O SOCORRO DO BRASIL A MADURO - O Estado de São Paulo

O socorro do Brasil a Maduro

O governo petista resolveu socorrer o regime chavista da Venezuela, que faz água por todos os lados. E, claro, essa generosidade correrá por conta do contribuinte brasileiro.


Sob ameaça de sofrer um duro revés nas eleições municipais de 8 de dezembro, vistas como uma espécie de referendo de seu desastroso governo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro(foto), pediu ajuda ao Brasil para contornar a crise de desabastecimento no país, o mais sério dos inúmeros problemas de sua administração.

A intenção de Maduro é garantir o fornecimento de alimentos e outros produtos do varejo até a eleição. Como tudo o que tem pautado o tal "socialismo do século 21", esta será mais uma medida paliativa e desesperada, lançada apenas para mitigar por um breve período os efeitos permanentemente deletérios da insanidade econômica chavista.

O modelo estatista feroz, com preços controlados e hostilidade à produção privada, esvaziou as prateleiras dos supermercados venezuelanos. As imensas filas para comprar os mais diversos produtos de primeira necessidade - o papel higiênico é o símbolo desse calvário - tornaram-se a marca do governo Maduro.

Em vez de admitir os erros de sua administração e procurar resolvê-los de modo racional, o presidente venezuelano optou pelo caminho típico do chavismo: atribuiu a escassez à "sabotagem" de capitalistas e disse que agora trava uma "guerra econômica" contra esses "agentes do imperialismo". A "guerra" inclui impedir que a imprensa noticie o desabastecimento, porque, segundo sua versão tresloucada, é isso que leva pânico à população e gera corrida aos supermercados.

É em nome desse combate imaginário que Maduro pediu ao Congresso "poderes especiais" para governar - poderes cujo escopo, obviamente, deverá ir muito além da emergência econômica.

Para o governo petista, porém, Maduro e sua equipe sabem o que estão fazendo. "Eles têm consciência dos problemas em curto, médio e longo prazos no país e estão muito preocupados em enfrentar, de forma clara e estratégica, as dificuldades históricas da economia venezuelana", disse ao jornal Valor o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Ao considerar que a crise da Venezuela faz parte de "dificuldades históricas", Garcia quer fazer crer que a situação atual resulta de problemas antigos, estruturais, e não das evidentes lambanças chavistas. É provável que Garcia considere também que a importação emergencial de alimentos seja parte, conforme suas palavras, de um planejamento "claro e estratégico" para enfrentar a crise.

Esse "planejamento" conta com a bondade brasileira. Como faltam dólares na Venezuela para realizar a importação, graças ao controle do câmbio, o Brasil pretende usar o Programa de Financiamento às Exportações (Proex), do Banco do Brasil, num acordo com o Banco de Venezuela. Segundo essa solução, ainda a ser detalhada, o Banco de Venezuela receberia o dinheiro do financiamento e quitaria a importação diretamente aos fornecedores brasileiros, sem ter de passar pela Cadivi, o órgão venezuelano que regula o câmbio. O Banco de Venezuela pagaria o financiamento ao Banco do Brasil em suaves prestações.

Com tal garantia, a expectativa do governo é de que os empresários brasileiros superem a crescente desconfiança em relação à Venezuela - convidadas a incrementar as exportações àquele país nos últimos anos, seguindo a orientação da agenda Sul-Sul do governo petista, muitas empresas nacionais enfrentam agora grandes atrasos no pagamento. Como resultado, as exportações para a Venezuela no primeiro semestre do ano foram quase 16% inferiores às do mesmo período de 2012.

Em outras palavras, se as negociações prosperarem, o risco de calote dos importadores venezuelanos seria assumido pelo Banco do Brasil - em nome do compromisso ideológico do governo petista com o chavismo, com cujas agruras o contribuinte brasileiro não tem rigorosamente nada a ver.

FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-socorro-do-brasil-a-maduro-,1094079,0.htm

sábado, 16 de novembro de 2013

A DISCRIMINAÇÃO IMPOSTA NO BRASIL - IVES GANDRA MARTINS

Não Sou: Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais? Na verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero... E tudo isso para quê?


Meu Nome é: Ives Gandra da Silva Martins*(foto)

Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela
legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).

Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela - passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiados por dinheiro público, para
realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria do Governo!

Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória, a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', simplesmente porque esse cumpre a lei..

Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações,
pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema?

Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo.

(*Ives Gandra da Silva Martins, é um renomado professor emérito das Universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro e Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo).


NOTA:
Para os que desconhecem o Inciso IV, do art. 3°, da Constituição Federal a que se refere o Dr. Ives Granda, eis sua íntegra:
"Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

JANGO E A HISTÓRIA - Rodrigo Vianna

Jango, ao menos, tinha o “Última Hora”… Rodrigo Vianna


É claro que são conjunturas muito diferentes. Na época do Jango, havia a Guerra Fria. Os EUA desconfiavam de um presidente que se dava ao desplante de visitar a China comunista e que, apesar de grande proprietário de terras, era a favor da Reforma Agrária. Além disso, Jango governava com apoio do velho partidão (que, aliás, ele gostaria de tirar da ilegalidade). Lula/Dilma são líderes brasileiros de centro-esquerda, num Brasil onde a Guerra Fria acabou. Acabou?

Os EUA seguem sem gostar de governos que rechaçam golpes em Honduras ou no Paraguai. Não aceitam governos que adotem medidas, ainda que tênues, para redução da desigualdade. Não aceitam governos que tenham projeto de Estado nacional, como tinham Vargas e Jango.

O grande segredo de Lula/Dilma – e esse era também o segredo de Vargas/Jango – é que conseguiram atrair para a aliança governista as forças de centro. Jango caiu quando o PSD de Juscelino bandeou-se para a direita. Lula quase caiu porque no primeiro mandato fez a escolha errada: em vez de uma aliança com o PMDB, preferiu que o PT se acertasse no “varejo” com  pequenas legendas conservadores (Valdemar Costa Netto, Roberto Jefferson e seus “partidos”).

Nos anos 50/60 ou agora no século XXI, a direita isolada (sem programa, e afastada do centro) refugiou-se no moralismo e na imprensa. A diferença é que Vargas e Jango, ao menos, tinham o “Última Hora” - jornal de Samuel Wainer, um dos poucos contrapontos à imprensa conservadora comandada por Lacerda e Roberto Marinho. Dilma e Lula nem isso possuem.

Digo tudo isso porque estou encantado com a leitura de “João Goulart”, a biografia escrita pelo professor Jorge Ferreira (UFF). É um catatau (700 páginas), como dizíamos na época da ficha telefônica e do telex. Mas um catatau que tira o fôlego.
Ferreira não escreveu apenas (e não seria pouco) uma biografia de Jango. A vida de Jango, na verdade, é o mote que  ajuda a costurar o perfil de uma época. O livro se apóia em documentos, entrevistas, em memórias escritas por quem viveu próximo a Jango. Dois capítulos (8 e 9), especialmente, são brilhantes e nos ajudam a pensar no Brasil de hoje. O autor reconstrói os embates e as escolhas políticas de Jango, nos últimos 12 meses antes do golpe de 64.

A leitura nos leva para um mundo em que o golpe não era “inevitável”. Em nenhum lugar estava escrito que a direita deveria sair vitoriosa. A costura dos fatos, na miudeza da conjuntura politica de enfrentamento em 1963 e 1964, põe a nu também os erros da esquerda.

Brizola, Julião (e as ligas camponesas), trabalhistas de esquerda, movimentos de marinheiros e sargentos, intelectuais, sindicalistas, comunas liderados por Prestes e Hercules Correa… Todos eles acreditavam que tinham forças para prescindir do centro. Jango, não. Por temperamento, cautela ou moderação política mesmo, ele queria aprovar as reformas via Parlamento. E aí não tinha jeito: era preciso negociar, era preciso ceder para aprovar as reformas possíveis. A esquerda enquadrou Jango: isso seria conciliação com os conservadores!

A esquerda (ou “as esquerdas”, como prefere Jorge Ferreira) dizia abertamente que as reformas teriam que ser feitas no confronto. Se a institucionalidade entravava as reformas, às favas com a institucionalidade – pregavam alguns. A esquerda tinha uma visão puramente “tática” da democracia parlamentar. Em dado momento, acreditou que – pela mobilização popular e pelos apoios de grupos nacionalistas e reformistas nas Forças Armadas – poderia prescindir do centro.

Brizola mesmo, que nunca foi marxista, chegou a 64 com uma agenda em que a prioridade era fechar o Congresso Nacional, não para instaurar ditadura “comuno-sindical” como diziam os inimigos, mas para convocar uma Assembléia Constituinte formada por operários, camponeses, oficiais e sargentos nacionalistas (ver p. 422 em “João Goulart”, de Jorge Ferreira). Seria o rompimento com a velha ordem liberal. A esquerda tinha força pra isso? Acreditou que sim.

O PSD de Juscelino, então, foi-se embora da aliança. Só nessa hora é que Jango, sem alternativa, assumiu a agenda da esquerda trabalhista/comunista e foi para o famoso Comício da Central do Brasil, em 13 de março de 64. A descrição do comício, no livro, é primorosa. Para quem cresceu com a idéia de que militares e movimentos sociais devem ser – sempre e inexoravelmente –  ”inimigos”, chocou saber que foi a cúpula das Forças Armadas que garantiu a segurança para que Arraes, Brizola, Jango e líderes sindicais e populares pudessem subir ao palanque no Rio – governado na época por um direitista (Carlos Lacerda).

Os círculos golpistas entre os militares, àquela altura, eram minoritários. A “esquerda” militar também era minoritária. A maioria dos soldados e oficiais simplesmente fazia seu trabalho. Quando a esquerda errou? Quando (e aqui volto a me apoiar no relato de Jorge Ferreira) assustou o oficialato mais “centrista”, dando apoio a greves de marinheiros e soldados. A “quebra de hierarquia” lançou a maioria silenciosa das Forças Armadas nos braços dos golpistas.

Jango ajudou a cavar a prórpia cova, é verdade. Acreditou no “dispositivo militar” do general Assis Brasil. Trocou de ministro da Guerra várias vezes. Não tinha um Marechal Lott. E fez escolhas erradas. Às vésperas do golpe, e isso Ferreira narra em detalhes, recebeu várias recomendações para não ir ao ato no Automóvel Clube no Rio – posse da diretoria da Associação de Sargentos. Jango foi. Os golpistas ganharam o pretexto de que necessitavam para o golpe.

Leio, escrevo e penso numa certa esquerda (entre a qual me incluo) insatisfeita com os titubeios de Lula/Dilma. A esquerda, hoje, tem força para avançar sozinha? Não. Jogar o centro no colo de PSDB/DEM seria o caminho para a derrota política e eleitoral. Lula/Dilma e o PT fazem a leitura correta, percebem que a famosa “correlação de forças” não permite arroubos.

Onde erram? Ao abrir mão de intervir com vigor, para fazer a mesmíssima “correlação de forças” avançar na direção de mais reformas.

Qual o pai de todos os erros? Comunicações. Lula e Dilma (essa mais ainda!) abrem mão de reformas nessa área. Lula acreditou que podia se comunicar direto com as massas. Em 2005, notou o erro. Dilma parece acreditar num “diálogo” com a velha mídia. Ficam reféns da correlação de forças, determinada (e pautada) pela velha mídia – apesar do  contraponto dos blogs e redes sociais.

O erro não é apostar em governo de coalizão. O erro é não agir com mais firmeza -especialmente, nas Comunicações – para impor uma agenda mais avançada a ser sustentada pela ampla coalizão governista.

RODRIGO VIANNA - http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/e-jango-tinha-o-ultima-hora.html

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

MÉDICOS CUBANOS - Alexandre Garcia

MÉDICOS CUBANOS  
Alexandre Garcia


Não pensem em correntes. Em algemas. Em porões fétidos. Em gente suja e maltrapilha. Estes são os escravos normalmente libert...os das pequenas confecções das grandes cidades, vindos de países miseráveis.

Agora pense em pessoas vestidas de branco. Com diplomas universitários. Que exibem sorrisos simpáticos e uma grande alegria em servir o próximo, como se estivessem em uma missão humanitária. Estes são os médicos escravos cubanos que o Brasil vai traficar, cometendo toda a sorte de crimes hediondos contra os direitos humanos, que só republiquetas totalitárias, a exemplo da Venezuela, ousaram cometer.

E vamos aqui deixar ideologias de lado. E até mesmo as discutíveis competências profissionais. Vamos ser civilizados e falar apenas de pessoas, de seres humanos, de gente.

O Brasil democrático é signatário de uma dezena de tratados internacionais que protegem os trabalhadores. No entanto, o Governo do PT está firmando um convênio com Cuba, um país que está traficando pessoas para fins econômicos. Cuba esta vendendo médicos. Cuba utiliza de coerção, que é crime, para que estes escravos de branco sejam enviados, sem escolha, para onde o governo decidir. Isto é crime internacional. Hediondo. Que nivela o Brasil com as piores ditaduras.

E não venham colocar a Organização Pan Americana de Saúde como escudo protetor destes crimes contra a Humanidade. É uma entidade sabidamente aparelhada por socialistas, mas que, ao que parece, pela primeira vez assume o papel de "gato", o operador, o intermediário, aquele que aproxima as partes, que fecha o negócio, que "lava" as mãos dos criminosos que agem nas duas pontas. Não há como esconder que o Governo do PT está pagando a Ditadura de Cuba para receber mão de obra em condições análogas à escravidão, como veremos neste post.

O trabalhador estrangeiro tem, no Brasil, os mesmos direitos de um trabalhador brasileiro. Tem os mesmos ônus e os mesmos bônus. Não é o que acontece neste convênio que configura um verdadeiro tráfico em massa de pessoas de um país para outro. Os escravos cubanos não pagarão Imposto de Renda e INSS. Sobre um salário de R$ 10 mil, deveriam reter mais de R$ 2.700. Pagariam em torno de R$ 400 de INSS. Mas também teriam direito ao FGTS, ao aviso prévio, às férias, ao décimo terceiro salário. Não é o que acontece.

O escravo cubano não recebe o seu salário. Ele é remetido para um governo de país. É como se este país tivesse vendido laranjas. Charutos. Rum. Ou qualquer commodities. A única coisa que o trabalhador recebe é uma ajuda de custo para tão somente sobreviver no país pois, em condição análoga à escravidão, este médico cubano receberá alojamento e comida das prefeituras municipais. Trabalhará, basicamente, por cama, comida e sem nenhum direito trabalhista.

Outro crime do qual o Governo do PT é mentor, é idealizador, é fomentador, é financiador, é concordar com as práticas de coerção exercida por Cuba quando vende os seus médicos escravos. O passaporte é retido pela Embaixada de Cuba no Brasil. A família fica em Cuba, sem poder sair do país. O escravo cubano não pode mudar de emprego, pois se o fizer a sua família sofre perseguição. Existe ameaça. Existe abuso de autoridade. Existe abuso de poder econômico. Existe retenção de documento para impedir a livre locomoção. Existe lesão ao Fisco. Sonegação. E, por conseguinte, sendo dinheiro originário de crimes, remessa ilegal de divisas do Governo do PT para a Ditadura de Cuba.

Este convênio que o Governo do PT está fazendo com Cuba não resiste a uma fiscalização do Ministério do Trabalho e a uma auditoria do Ministério Público. São tantos os crimes cometidos contra a Humanidade e contra os Direitos Humanos que envergonham a todos os brasileiros.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato ao governo de São Paulo, deveria ir a ferros junto com os bandidos mensaleiros do seu partido. A ministra dos Direitos Humanos, Maria o Rosário, está em silêncio obsequioso.

A partir do momento em que 4.000 cubanos botarem o pé no solo brasileiro, nosso país terá se transformando num campo de concentração e numa imensa prisão para escravos políticos.

A nossa Constituição será rasgada, pois:
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Da mesma forma, o Governo do PT está jogando no lixo o Decreto nº 5.948, de 26 de Outubro de 2006, que trata da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que tem definições fundamentais sobre o tema:
Art. 2°. § 4o A intermediação, promoção ou facilitação do recrutamento, do transporte, da transferência, do alojamento ou do acolhimento de pessoas para fins de exploração também configura tráfico de pessoas.
Art. 2°. § 5° O tráfico interno de pessoas é aquele realizado dentro de um mesmo Estado-membro da Federação, ou de um Estado-membro para outro, dentro do território nacional.
Art. 2o. § 6° O tráfico internacional de pessoas é aquele realizado entre Estados distintos.
Art. 2° § 7o O consentimento dado pela vítima é irrelevante para a configuração do tráfico de pessoas.
Ou seja: o que determina se existe a escravidão não é o depoimento do escravo, pressionado por dívidas, sem documentos ou tendo a integridade da sua família ameaçada, mas sim o que a sua situação configura, mediante fiscalização.
Com a importação em massa dos médicos escravos cubanos, os acordos internacionais firmados pelo Brasil contra a escravidão serão derrogados. Não seremos mais uma democracia.
Se alguém tem alguma dúvida sobre isso, leia o MANUAL DE COMBATE AO TRABALHO EM CONDIÇÕES ANÁLOGAS ÀS DE ESCRAVO, publicado pelo Ministério do Trabalho.
E sinta vergonha, talvez um pouco de medo, de ser brasileiro.
Eu desafio o Governo do PT a exigir que o médico cubano tenha em mãos o seu passaporte.
Eu desafio o Governo do PT a exigir que o médico cubano tenha uma Carteira de Trabalho.
Eu desafio o Governo do PT a depositar o salário do médico cubano em uma conta pessoal, que lhe garanta livre movimentação.
Eu desafio o Governo do PT a garantir todos os direitos trabalhistas ao médico cubano.
Eu desafio o Governo do PT a cumprir a Lei, a Constituição e os Tratados Internacionais.
--
"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." (Mahatma Gandhi)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CRÔNICA DE UMA DESPEDIDA DA POLÍTICA - George Macário de Brito

CRÔNICA DE UMA DESPEDIDA DA POLÍTICA!

Assistia a um depoimento de um homem público, um certo Deputado Estadual, entrevistado por um repórter, quando este perguntou-lhe, se ele já estaria nos preparativos, atuando nos bastidores políticos, articulando a sua reeleição, pela quarta vez consecutiva.

Ao que causou surpresa a todos, inclusive, ao repórter, que tomou um susto, quando ouviu daquele cidadão a resposta negativa: "NÃO TENHO PRETENSÃO DE DISPUTAR MAIS UMA ELEIÇÃO"! Afirmou categoricamente.

"MAS, POR QUE?" Perguntou o repórter!

Com um semblante de satisfação e alívio, o Deputado respondeu:
"Olha, para ser Político no Brasil não precisa o candidato ter outro VALOR, a não ser DINHEIRO. Não precisa ele ser honesto, competente e nem trabalhador. Não requer que ele assuma compromisso com nada e nem com ninguém. Não necessita ter ética, moral, honra, ser carismático... Nada disso!!! Só basta ter DINHEIRO para comprar os seus Mandatos..."

E continuou!

"O Eleitor não acredita mais naquele que é honesto! Quem diz isto é motivo de piada! Aliás, quem é honesto, tem vergonha de afirmar que é! E, o que é pior, tem até dificuldade de se comportar com honestidade na vida pública. É por este motivo que as pessoas honestas não querem mais saber de Política. Enquanto isto, o espaço vai sendo ocupado, cada vez mais, pela turma da Maracutaia. A Política não tem mais espaço para quem é honesto! Esta é a grande verdade..."

"E de quem é a culpa?" Pergunta o repórter.

"Político nenhum se elege sem voto! Quem vota neles? Os eleitores! É o voto do eleitor que transforma o ladrão, o corrupto em Político! É lamentável! Mas, é verdade! O Eleitor Corrupto, ele é mais corrupto do que o Político Corrupto, pois se ele achar quem compre seu voto, 30(TRINTA) vezes, no dia da Eleição, ele vende as 30 vezes o voto, sem pestanejar!. Virou uma safadeza generalizada! E quem for disputar uma eleição FORA DESTAS REGRAS, irá encontrar grandes obstáculos para obter êxito. O Problema é que, no Brasil e, principalmente, no Nordeste, tem muita gente votando com a BARRIGA e pouca gente votando conscientemente, pensando no coletivo... Este é o motivo que exclui os bons candidatos, que ficam sempre de fora, com raras exceções."

Conclui o entrevistado:

"Além de todas as manobras realizadas para ser eleito, gasto estratosférico na Campanha Eleitoral, com uma mega estrutura de milhões e milhões, o político profissional de hoje, ainda tem que IR BUSCAR O QUE GASTOU PARA SE ELEGER!...Como ele faz isto? ROUBANDO O NOSSO DINHEIRO! METENDO A MÃO NO DINHEIRO DO POVO! Mais um ladrão que virou político... A CULPA É DE QUEM?"

Palavras do Deputado "IMAGINÁRIO BRASILEIRO DIAS FURTADO"

George Macário de Brito - Advogado e Artista Plástico

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CREDO POLÍTICO - Rui Barbosa

CREDO POLÍTICO 

Rui Barbosa

Meu País conhece o meu credo político, porque o meu credo político está na minha vida inteira. Creio na liberdade onipotente, criadora das nações robustas; creio na lei, emanação dela, o seu órgão capital, a primeira das suas necessidades; creio que, neste regímen, não há poderes soberanos, e soberano é só o direito, interpretado pelos tribunais; creio que a própria soberania popular necessita de limites, e que esses limites vêm a ser as suas Constituições, por ela mesma criadas, nas suas horas de inspiração jurídica, em garantia contra os seus impulsos de paixão desordenada; creio que a República decai, porque se deixou estragar confiando-se ao regímen da força; creio que a Federação perecerá, se continuar a não saber acatar e elevar a justiça; porque da justiça nasce a confiança, da confiança a tranqüilidade, da tranqüilidade o trabalho, do trabalho a produção, da produção o crédito, do crédito a opulência, da opulência a respeitabilidade, a duração, o vigor; creio no governo do povo pelo povo; creio, porém, que o governo do povo pelo povo tem a base da sua legitimidade na cultura da inteligência nacional pelo desenvolvimento nacional do ensino, para o qual as maiores liberalidades do tesouro constituíram sempre o mais reprodutivo emprego da riqueza pública; creio na tribuna sem fúrias e na imprensa sem restrições, porque creio no poder da razão e da verdade; creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos incompetentes e no valor insuprimível das capacidades.

Rejeito as doutrinas de arbítrio; abomino as ditaduras de todo o gênero, militares ou científicas, coroadas ou populares; detesto os estados de sítio, as suspensões de garantias, as razões de Estado, as leis de salvação pública; odeio as combinações hipócritas do absolutismo dissimulado sob as formas democráticas e republicanas; oponho-me aos governos de seita, aos governos de facção, aos governos de ignorância; e, quando esta se traduz pela abolição geral das grandes instituições docentes, isto é, pela hostilidade radical à inteligência do País nos focos mais altos da sua cultura, a estúpida selvageria dessa fórmula administrativa impressiona-me como o bramir de um oceano de barbaria ameaçando as fronteiras de nossa nacionalidade.

"Resposta a César Zama". Discurso no Senado Federal em 13 de outubro de 1896.
FONTE:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/rui-barbosa/credo-politico.php

                                                                                                                

terça-feira, 29 de outubro de 2013

HOJE É O ANIVERSÁRIO DO MEU PAI - Jéssica Siebra


                                                                                 
PARABÉNS PAINHO!
Hoje é o aniversário dele, meu Pai! Painho, estou aqui pra desejar as melhores coisas, sentimentos, vibrações, energias, companhias, alegrias possíveis e imagináveis. Como filha, admiradora... Não poderia ser diferente! Sei que temos cabeças, pensamentos, idéias que muitas vezes divergem... Mas somos iguais no quesito persistência, força, coragem e integridade! Aprendi a ser forte desde criança, desde quanto eu e @luana_siebra começamos a "virar gente" e o senhor começava a ensinar as coisas na "tora" kkkkk. Tratava a gente como dois meninos, jogava no meio de açude, de canal com água corrente, levava pra pescar no sol quente, ensinava a nadar, ensinava judô, defesa pessoal, tratava das perebas, dos vermes, das doenças tudim kkkkk. Enfim, tirou mei mundo de frescura da gente! Fez a gente aprender a dar valor a pequenas coisas. Na época eu podia era reclamar mas hoje eu já digo ao senhor que agradeço por isso. 

Agradeço mais ainda por me ensinar o valor do estudo, a importância de perseverar nele... A importância de lutar pelos ideais e não desistir diante de obstáculos. Levantar a cabeça, respirar fundo e permanecer ali. Aprendi também que tem hora pra tudo na vida, tem hora de seguir, hora de parar e até a hora de voltar atrás. 

Hoje o senhor faz 48 anos, é um pai ainda jovem, que começou cedo a carreira kkkkk. Que plantou 3 sementes que sempre estarão ao seu lado nos seus próximos infinitos aniversários. Infinitos sim senhor, porque os laços que temos e cultivamos nessa vida, nessa família, já vem de muitos anos e irão continuar por outras e outras passagens!

Faz um tempo que Deus não me concede a graça de passar o dia do aniversário do senhor por perto... Mas o meu coração está aí, enchendo o senhor de amor, muita saúde e muita paz!
Parabéns painho! Eu te amo muitoooooo!
Jéssica Siebra Macário de Brito - Filha

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

NADA ESTÁ TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR... (Ley de Murphy)

O PIOR PODE PIORAR!

É pura ignorância pensar que MUDANÇA é sempre para melhor! 

Em se tratando de Política, nos tempos atuais, é que não podemos acreditar na MELHORA. Muito pelo contrário! Quem não já ouviu - pela boca do povo - manifestações e frases mais ou menos assim: "Nós éramos felizes e não sabíamos!", "Trocamos seis por meia dúzia!", O outro era ruim, mas este é pior do que ele!" ou "Sai um ruim, entra outro pior!".

São mais do que justas e necessárias as reações de parte da população brasileira - os antenados - demonstrando a sua grande e crescente insatisfação aos nossos representantes políticos, sejam no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas, Prefeituras, nas Câmara de Vereadores, em todo o País. Isto não se restringe apenas ao Crato. Mas, se expande ao Brasil, de norte a sul, de leste a oeste. Chegou ao limite do limite da paciência daqueles que não suportam mais a continuidade deste DESCASO!

A CULPA É DA POLÍTICA? Tem gente que culpa a Política quando esta não tem culpa nenhuma! A Política ela é necessária e, quando praticada com decência, é o maior instrumento transformador - para melhor - da vida das pessoas, sobretudo, quando se trata dos menos favorecidos. 

Já li algo que afirmava não ser a Política que transforma políticos em corruptos! São os eleitores que transformam corruptos em políticos. É verdade! O Voto é uma arma! E tem muita gente brincando de "Roleta Russa" no Brasil. Um dia acerta na cabeça! É tarde! É suicídio!

O PIOR PODE FICAR PIOR MESMO!!!
  
GEORGE MACÁRIO - Editor

 




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

POSSÍVEIS MANIFESTAÇÕES EM 2014 - Adriano Oliveira - Professor e Cientista Político

POSSÍVEIS MANIFESTAÇÕES EM 2014

O ato de vislumbrar o futuro deve ser tarefa dos estrategistas que orientam os atores políticos para a conquista do poder. Os estrategistas não devem ter receio de prever quando estão diante de informações que contribuem para tal empreitada. Os atores políticos não precisam recear as previsões, pois elas apenas representam hipóteses quanto ao futuro. As previsões possibilitam a construção de cenários. 

Pesquisa do IBOPE realizada entre os eleitores brasileiros em julho deste ano revela que 41% dos eleitores confiam nos governos da cidade onde moram e 41% declaram confiar no governo federal. Portanto, os eleitores desconfiam dos governos. Outros dados relevantes da pesquisa são: 1) 46% dos eleitores confiam no Poder Judiciário/Justiça; 2) 37% dos eleitores confiam nos sindicatos; 3) 32% confiam no sistema público de saúde; 4) 29% declaram confiar no Congresso Nacional; 5) E 25% afirmam que não confiam nos partidos políticos. Por outro lado, 90% dos entrevistados declaram confiar na família. Os dados apresentados mostram desconfiança por parte dos brasileiros com as instituições e forte confiança na família.

Considero que parte da sociedade brasileira está órfã institucionalmente, pois a confiança nas instituições é reduzida. A orfandade institucional significa que parte dos eleitores não acredita que as instituições são capazes de atenderem às suas demandas. Diante desta constatação, surge a seguinte indagação: é possível que manifestações semelhantes às de 2013 ocorram em 2014? 

Os resultados da pesquisa do IBOPE sugerem que as manifestações podem ser consideradas vetores que proporcionaram a diminuição da confiança de parte dos brasileiros para com as instituições. Entretanto, ressalto que: com exceção dos itens presidência da República e Governo Federal, os outros indicadores mostrados já contavam com reduzida confiança. Portanto, o sentimento de orfandade institucional contribuiu para a inquietação social. Neste caso, os manifestantes indagaram e em seguida os brasileiros: o que os governos estão fazendo por mim? O que eles podem fazer para me ajudar?
 Se manifestações intensas ocorreram em 2013, qual é a razão delas não ocorrerem novamente em 2014? Se a confiança nas instituições não aumentar e se os governos continuarem a não atender de modo satisfatório as demandas dos eleitores, vislumbro novas manifestações. 

Estudo do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) realizado em fevereiro de 2011 na cidade do Recife revelou que 87,7% dos entrevistados eram favoráveis à realização da Copa do Mundo no Brasil. 

Quando indagados quanto à construção dos estádios para a Copa, os seguintes dados são encontrados: 1) 26,9% eram favoráveis à construção de estádios apenas com dinheiro público; 2) 30,1% afirmavam que os estádios deveriam ser construídos com recursos públicos e privados; 3) E 24,7% salientaram que os estádios deveriam ser construídos apenas com recursos privados. Numa visão generalizante, considero que os dados apresentados já mostravam a insatisfação de parte dos eleitores brasileiros com os dispêndios dos governos com os estádios da Copa. 

As redes sociais e o jornalismo mostraram que os manifestantes reclamaram dos gastos com a Copa do Mundo. Se manifestantes reclamaram em 2013 dos gastos com a Copa, qual seria a razão deles não reclamarem em 2014? Então, aconselho aos variados atores políticos que participarão da competição eleitoral de 2014 que fiquem atentos à possibilidade de novas manifestações e a desenvolverem estratégias que anulem ou amenizem os efeitos delas em seus respectivos desempenhos eleitorais.

Adriano Oliveira - Professor e Cientista Político

FONTE:http://maisab.com.br/tvasabranca/inaldosampaio/2013/08/08/possiveis-manifestacoes-em-2014/

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

AS 10 OBRAS DOS 12 ANOS DO GOVERNO PETISTA - Almir Pazzianotto / O Estado de São Paulo

AS 10 OBRAS DOS 12 ANOS DO GOVERNO PETISTA
Almir Pazzianotto / Publicado na Folha de São Paulo

Na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014, o Partido dos Trabalhadores (PT) gozará de autoridade para reivindicar a paternidade de dez obras, em 12 anos de governo. São elas: mensalão, rompimento dos princípios da ética e da moralidade, insegurança jurídica, desprestígio da diplomacia, compra e venda de legendas, declínio das atividades industriais, exportação de empregos para China e Índia, criação de ministérios inúteis, construção e financiamento de estádios de futebol e oficialização da palavra "presidenta".

Amigos propuseram-me a inclusão da falência do ensino e da assistência pública à saúde, do endividamento, da alta dos preços, da inflação, do registro de milhares de sindicatos pelegos, da violência, da expansão do tráfico de drogas. Para alguns, o maior feito levado a cabo desde o governo Lula seria a reforma ortográfica, com obscuras regras sobre o uso do hífen e a eliminação do trema.

A relação não observa ordem de importância, mas o primeiro lugar foi destinado ao mensalão. Já se disse que o Brasil é produto de três culturas: a do sobrenatural, trazida pelos negros; a da indolência, transmitida pelos índios; e a do privilégio, herdada dos portugueses. O mensalão reafirma a sabedoria da asserção. Jamais se associaram tantos privilégios e privilegiados como na ação penal movida contra líderes do PT, secundados por comparsas de segunda e terceira categorias, todos com direito a participar da história com o rótulo de mensaleiros.

Em contraponto às realizações, mencionarei parte do que deixou de ser feito. Começo pela reforma política. Há muito prometida, e cobrada pelas camadas não alienadas da população, permanece adormecida nos porões do Poder Executivo. Como fruto da inércia, no balaio de gatos das legendas encontra-se de tudo. Basta acessar a página do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.jus.br) e o leitor se espantará com a fertilidade da classe política. O PT é irmão gêmeo da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Nasceu com o discurso de ser diferente, puro, integrado por operários do chão de fábrica e alguns intelectuais. Rejeitava políticos tradicionais e representantes da denominada burguesia. Com o tempo, e no desfrute do poder, transformou-se em cópia dos demais, sobretudo nos defeitos.

Hoje o PT se alimenta do Fundo Partidário e do horário obrigatório no rádio e na televisão e aderiu, com a CUT, ao peleguismo. "Ao diabo os escrúpulos", diriam os dirigentes, em agradável convivência com velhos oligarcas, empreiteiras, bancos, grandes empresas. "O poder tende a corromper", escreveu lorde Acton, cujas palavras são confirmadas pelos fatos.

A última revoada de parlamentares, à procura de legendas que lhes assegurem a reeleição, afronta o princípio constitucional da moralidade e seria energicamente coibida não fossem a lei, o Ministério Público e o Poder Judiciário passivos e lenientes diante de tramoias partidárias. Da mesma maneira que temos profissionais voltados para a criação e exploração de sindicatos, passamos, de alguns anos para cá, a conhecer o ofício de fundador de partidos, como revelou o Estado na edição de 23 de setembro, na página A5. Confirma-se o que Gilberto Amado já denunciava no século passado: "Partido político é associação de indivíduos para a conquista e a fruição do poder, só e só".

Descartada a reforma política, quais outras deixou o governo de fazer? Todas, a começar pela trabalhista.

Defendida pelo então presidente Lula no lançamento do Fórum Nacional do Trabalho (FNT), em julho de 2003, foi condenada ao ostracismo e levou consigo a reforma sindical. Objetivava o FNT "promover a democratização das relações de trabalho por meio da adoção de um modelo de organização sindical baseado na liberdade e autonomia. Atualizar a legislação do trabalho e torná-la compatível com as novas exigências do desenvolvimento nacional, de maneira a criar um ambiente propício à geração de emprego e renda". Pretendia, ainda, "modernizar as instituições de regulação do trabalho, especialmente a Justiça do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego". Os resultados foram pífios e as ideias de democratização e modernização caíram no esquecimento.

Aproximam-se as eleições de 2014 e, com elas, a chance de o eleitorado tomar nas mãos o encargo de promover, pelo voto, as reformas inadiáveis. Apesar de ter conduzido o Brasil à situação em que o vemos, a presidente Dilma Rousseff, por um desses insondáveis caprichos da vida política, surge como favorita no primeiro turno. Marina Silva, antes estrela de primeira grandeza, deixou o elenco principal para se transformar em coadjuvante e corre risco de se converter em figurante. A quem caberá a responsabilidade de enfrentar o rolo compressor federal na segunda rodada de votação? Essa é a dúvida que assalta os brasileiros.

Dois candidatos se anteciparam e já se encontram em campanha: Aécio Neves e Eduardo Campos. Sobre eles recairá, ao que tudo indica, o ônus de demonstrar que o PT e aliados não são imbatíveis. Ambos são experientes e titulares de interessantes currículos. Aécio é neto de Tancredo Neves e Eduardo Campos, de Miguel Arrais. Não perderam, contudo, as características de políticos regionais. Aécio Neves apresenta-se como porta-voz da oposição; Eduardo Campos, nem tanto.

A Nação anseia pela restauração da moralidade, abatida em sucessivos escândalos. As manifestações de rua são o termômetro da revolta popular. Reivindicam o respeito à ética e o combate à corrupção. Quem tiver ouvidos para o clamor do povo, e ganhar a confiança das pessoas de bem, será o próximo presidente.

*ADVOGADO, FOI MINISTRO DO TRABALHO E PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

CASA COR 2013 HOMENAGEIA BRUNO PEDROSA

BRUNO PEDROSA É HOMENAGEADO NA CASA COR 2013

A edição de 2013 da Casa Cor Ceará foi aberta na noite desta segunda-feira, 14 de outubro, com uma exposição em homenagem a Socorro França, Luciana Dummar e Bruno Pedrosa. Toda a renda do evento foi revertida para o Instituto Lourdes Viana.

SAIBA MAIS SOBRE ESTE GRANDE ARTISTA CEARENSE, LENDO SUA BIOGRAFIA:

Antigo e moderno, tradicional e estravagante, reflexivo e extrovertido, simplesmente e extraordinariamente contraditório. Assim se apresenta ao mundo o homem e o artista Bruno Pedrosa. Não é possível falar da vida do homem sem falar da obra do artista, e nem viceversa se pode separar a sua arte da sua vida.

Nascido em 11 de janeiro de 1950 na fazenda Catingueira, no sertão brasileiro, Raimundo Pinheiro Pedrosa XIV, recebe o nome dos seus antepassados com orgulho, consciente desde criança que a sua família detém uma tradição secular que o liga às terras do nordeste do Brasil. Crescido na casa dos avós paternos depois da trágica perda da mãe com um ano de idade, escuta diariamente as histórias que os mais velhos contam, no alpendre, balançando nas suas redes, aos mais novos sentados de pernas cruzadas curiosos de conhecer e assimilar a sabedoria deles. É neste  contexto que a família, os amigos e as relações revelam-se para o artista a essência da vida de um homem. Os primeiros desenhos vêm realizados entre cinco e seis anos, para sua irmã mais nova: são cenários teatrais onde ela pode ambientar as histórias das quais são protagonistas as suas bonecas.

Depois dos estudos primários em um colégio de Crato, distante 120 km da fazenda, e do liceu clássico em Fortaleza, aos dezoito anos, Bruno comunica a seu pai, fazendeiro de enésima geração, a decisão que modificará o curso da sua vida. Decidiu ir para o Rio de Janeiro, 3000 km de distância, para estudar na mais antiga e melhor Academia de Belas Artes do país, pois desejava tornar-se um artista. Mesmo sem compreender a decisão do filho, Manoel Pedroza o apoia incondicionadamente, dando-lhe assim a oportunudade de formar-se em História da Arte, Filosofia e Arqueologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nestes anos, de 1969 a 1975, o artista aproveita das férias de verão para viajar e explorar a América do Sul, conhecendo lugares, pessoas, culturas e histórias diferentes, que o enriqueceram na mente e no espírito. Visita a Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Perú. Os estudos arqueológicos despertaram a sua curiosidade e o exortam com interesse a aprofundar-se no estudo da cultura e arte dos Incas e outras civilizações pre;colombianas na America do Sul. Tudo isto influencia a arte de Pedrosa, que nestes anos de estudos e pesquisas dedica-se ao desenho figurativo que representam a alma dos lugares que conhece e da outra em desenhos acadêmicos surrealistas, que o levam a olhar seu âmago, sobrepondo imagens e pensamentos, colocando à prova suas capacidades formais.

Pode parecer paradoxal que um artista contemporâneo nutra uma paixão profunda pela arqueologia e a história, mas não é assim. O percurso artístico de Pedrosa se evoluiu ao longo de todo o arco da sua vida e ainda não se  concluiu. Pedrosa nasce desenhista e inicialmente as suas obras representavam aquilo que atirava sua atenção no mundo que o circundava, da antiga e tradicional  realidade cearense ao contemporâneo e frenético mundo cosmopolita do Rio de Janeiro.  A chegada nesta cidade nos anos ’70 levou-o a conhecer muitas pessoas do mundo intelectual da época, como Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Burle Marx, e qualquer ano depois, Pietro Maria Bardi, crítico de arte e diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), mentor e adepto do jovem Pedrosa, o suficiente para organizar uma série de exposições dos seus desenhos nos Estados Unidos e México. O estudo na Acadêmia e a frenesia da nova vida o exorta a experiementar, passando do monócromo à cor, do desenho figurativo essencial ao desenho surrealista, introspectivo, quase um prelúdio às transformações futuras. Contudo as viagens através da história, a Ouro Preto, a Machu Picchu, a Oruro, o mantém arraigado à tradição. Este mesmo amor pela tradição o leva a realizare uma pesquisa que prolonga-se à trinta anos: a reconstrução genealógicca da sua família das orígens, desde 1270 em Portugal e no Brasil depois de 1600, a hoje.

Terminado o período de estudos na universidade, Pedrosa está a procura de alguma coisa, não só de um contato mais profundo e sincero consigo, mas de um estilo de vida mais sereno. Decide assim, em 1976, de entrar para o Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, aonde restará por cinco anos. É aqui que Raimundo Pinheiro Pedrosa se transforma em Bruno, nome dado a ele pelos monges pelas suas afinidades caracteriais com seus mais célebres antecessores, São Bruno e Giordano Bruno. Nestes anos Bruno continua a trabalhar, realizando uma série de desenhos sobre o mosteiro, sucessivamente publicados em um álbum, mas ao mesmo tempo aproveita de toda e qualquer oportunidade para aprender e afinar as suas capacidades intelectuais e manuais, oferencendo-se como assistente biliotecário e trabalhando no laboratório de encadernação. No mosteiro  não encontra o que procurava e quando se aproxima o momento  de fazer o voto solene e definitivo decide voltar ao mundo.

Recomeça de onde tinha deixado, abre seu atelier ao público e conhece Elinor, com quem se casa em 1982, e que se revela como diz o artista “uma presença insubstituível na minha vida”. A mudança na vida se reflete nas obras, encerra definitivamente a fase de retratos, telas nas quais a semelhança com os personagens retratados são tão precisos quanto  distorcidas e irreais são as cores que utiliza. Deste periodo faz parte o retrato de João Paulo II, hoje no Vaticano.

Juntamente com a mulher, em 1987, decide de transferir-se do Rio de Janeiro a Nova Friburgo, onde Pedrosa possui um atelier mergulhado no verde. Esta reviravolta pessoal aproxima o artista à pintura, o seu estilo muda, o desenho continua a ser o alicerce das obras, mas o fulcro da sua atenção se põe nas cores.

Em 1990 uma nova e importante decisão: a Europa. Bruno se transfere com a família para Busca, provincia de Cuneo, cidade natal do tenor Giovanni Garnero, seu sogro. No Piemonte Bruno sente-se em casa: ama os campos de papoulas, os aromas da terra, as montanhas. Encontra aqui, do outro lado do mundo, alguns valores fundamentais da sua educação: a sabedoria dos mais velhos, a pacata dignidade das pessoas, a importância das tradições. E ainda uma vez sua arte se modifica com ele. Os desenhos deste periodo mostram pequenos detalhes das cidadezinhas da região, mas os quadros exprimem o tumulto dos seus sentimentos e tornam-se abstratos. São titubeantes, compostos, estruturados, mas abstratos. Pedrosa emboca uma estrada sem retorno. Deste momento em avante sua arte se modificará muitas vezes, mas não tornará jamais ao figurativo, que abandona completamente no inízio dos anos ’90.

O artista encontra na pintura abstrata seu instrumento de esperimentação, chegando a exprimir não mais a essencialidade do que vê, mas as suas emoções diante das experiências da vida. Sua arte cresce com ele, é influenciada pelos seus estudos, viagens, descobertas. Assim Bruno Pedrosa reinventa-se continuamente navegando por todos os continentes das artes e do mundo, da pintura à escultura, da América Latina à Europa, atravessando o vidro, a cerâmica, o bronze, a joalharia, os totens em papel, passando pelo Brasil, Estados Unidos, Itália, Holanda, França, Espanha, Potugal, Belgica, Alemanha.
Se, portanto, sua obra evolui no tempo em estruturas e formas sempre diversas, influenciadas pelos períodos mais tranquilos ou angustiados da vida, resta inalterada sua habilidade técnica e manual, que se manifesta no refinamento dos detalhes, na precisão dos contornos, na firmeza das linhas.

Em 1991, a família Pedrosa se transfere a Bassano del Grappa, no coração do  Veneto, onde o artista encontra tudo aquilo que necessita para se exprimir.  Veneza revela ao artista a descoberta dos vidros de Murano, que o conquistam pelas cores vibrantes. Nasce assim a colaboração entre Bruno e Oscar Zannetti, mestre vidreiro, que o ajuda a transportar ao vidro sua expressão na pintura. Em Verona, Bruno realiza suas esculturas em bronze, fascinado pela secular tradição da elaboração do metal e das patinas inovativas que se podem realizar.
Nos momentos felizes pinta. Nos momentos de desespero cria esculturas plásticas e enérgicas. Nos momentos de pesquisa espiritual, pessoal e artística, desenha.

Na serena tranquilidade das férias de verão em Saint Tropez Pedrosa desenha, expressão artísica da sua contemplação dos lugares e das cores ao seu redor, realizada com a precisão e a concentração que só a paz interior pode dar.

Contrariamente, quando da morte prematura do seu irmão ocorrida em 2006, Pedrosa se torna incapaz de enfrentar a tela, o espelho da sua alma, e por um ano não pinta. Neste momento de sofrimeno, sua necessiadade expressiva muda com ele e nasce assim uma série de esculturas em vidro de Murano. Cada obra é realizada graças ao esforço físico do artista, que com toda as suas energias e o peso do seu corpo esculpe o vidro talhando-o com esmeril. Somentte depois de ter liberado com impeto a sua raiva, sua dor, o artista volta a pintar, mas depois desta pausa sua pintura se transforma e revela uma nova maturidade.

Bruno recolhe nas suas novas pinturas tudo aquilo que o universo das obras escultoricas ensinou-lhe: a luz brilhante e cativante dos vidros de Murano se encontra na escolha da tinta à óleo, o perfeito equilíbrio formal das obras em latão inspira a evidente importância dos volumes e da profundidade ótica; a concreteza do impasto da terracotta, que é a base das esculturas de bronze e mármore, dá vida a uma nova utilização das cores, não mais diluídas, mas corposos e voluméricas.

Compreendemos assím que o estilo de Pedrosa é unico e bem delineado, as suas inumeráveis expressões artísticas representam igualmente a sua pessoa, complexa e essencial ao mesmo tempo. É portanto inútil e superfluo procurar nas suas formas um significado concreto, já que estas mesmas são a sua arte, sua visão do mundo, sua vida.

FONTE: Site oficial do Artista:
http://www.brunopedrosa.com/biografia-2/