terça-feira, 29 de outubro de 2013

HOJE É O ANIVERSÁRIO DO MEU PAI - Jéssica Siebra


                                                                                 
PARABÉNS PAINHO!
Hoje é o aniversário dele, meu Pai! Painho, estou aqui pra desejar as melhores coisas, sentimentos, vibrações, energias, companhias, alegrias possíveis e imagináveis. Como filha, admiradora... Não poderia ser diferente! Sei que temos cabeças, pensamentos, idéias que muitas vezes divergem... Mas somos iguais no quesito persistência, força, coragem e integridade! Aprendi a ser forte desde criança, desde quanto eu e @luana_siebra começamos a "virar gente" e o senhor começava a ensinar as coisas na "tora" kkkkk. Tratava a gente como dois meninos, jogava no meio de açude, de canal com água corrente, levava pra pescar no sol quente, ensinava a nadar, ensinava judô, defesa pessoal, tratava das perebas, dos vermes, das doenças tudim kkkkk. Enfim, tirou mei mundo de frescura da gente! Fez a gente aprender a dar valor a pequenas coisas. Na época eu podia era reclamar mas hoje eu já digo ao senhor que agradeço por isso. 

Agradeço mais ainda por me ensinar o valor do estudo, a importância de perseverar nele... A importância de lutar pelos ideais e não desistir diante de obstáculos. Levantar a cabeça, respirar fundo e permanecer ali. Aprendi também que tem hora pra tudo na vida, tem hora de seguir, hora de parar e até a hora de voltar atrás. 

Hoje o senhor faz 48 anos, é um pai ainda jovem, que começou cedo a carreira kkkkk. Que plantou 3 sementes que sempre estarão ao seu lado nos seus próximos infinitos aniversários. Infinitos sim senhor, porque os laços que temos e cultivamos nessa vida, nessa família, já vem de muitos anos e irão continuar por outras e outras passagens!

Faz um tempo que Deus não me concede a graça de passar o dia do aniversário do senhor por perto... Mas o meu coração está aí, enchendo o senhor de amor, muita saúde e muita paz!
Parabéns painho! Eu te amo muitoooooo!
Jéssica Siebra Macário de Brito - Filha

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

NADA ESTÁ TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR... (Ley de Murphy)

O PIOR PODE PIORAR!

É pura ignorância pensar que MUDANÇA é sempre para melhor! 

Em se tratando de Política, nos tempos atuais, é que não podemos acreditar na MELHORA. Muito pelo contrário! Quem não já ouviu - pela boca do povo - manifestações e frases mais ou menos assim: "Nós éramos felizes e não sabíamos!", "Trocamos seis por meia dúzia!", O outro era ruim, mas este é pior do que ele!" ou "Sai um ruim, entra outro pior!".

São mais do que justas e necessárias as reações de parte da população brasileira - os antenados - demonstrando a sua grande e crescente insatisfação aos nossos representantes políticos, sejam no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas, Prefeituras, nas Câmara de Vereadores, em todo o País. Isto não se restringe apenas ao Crato. Mas, se expande ao Brasil, de norte a sul, de leste a oeste. Chegou ao limite do limite da paciência daqueles que não suportam mais a continuidade deste DESCASO!

A CULPA É DA POLÍTICA? Tem gente que culpa a Política quando esta não tem culpa nenhuma! A Política ela é necessária e, quando praticada com decência, é o maior instrumento transformador - para melhor - da vida das pessoas, sobretudo, quando se trata dos menos favorecidos. 

Já li algo que afirmava não ser a Política que transforma políticos em corruptos! São os eleitores que transformam corruptos em políticos. É verdade! O Voto é uma arma! E tem muita gente brincando de "Roleta Russa" no Brasil. Um dia acerta na cabeça! É tarde! É suicídio!

O PIOR PODE FICAR PIOR MESMO!!!
  
GEORGE MACÁRIO - Editor

 




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

POSSÍVEIS MANIFESTAÇÕES EM 2014 - Adriano Oliveira - Professor e Cientista Político

POSSÍVEIS MANIFESTAÇÕES EM 2014

O ato de vislumbrar o futuro deve ser tarefa dos estrategistas que orientam os atores políticos para a conquista do poder. Os estrategistas não devem ter receio de prever quando estão diante de informações que contribuem para tal empreitada. Os atores políticos não precisam recear as previsões, pois elas apenas representam hipóteses quanto ao futuro. As previsões possibilitam a construção de cenários. 

Pesquisa do IBOPE realizada entre os eleitores brasileiros em julho deste ano revela que 41% dos eleitores confiam nos governos da cidade onde moram e 41% declaram confiar no governo federal. Portanto, os eleitores desconfiam dos governos. Outros dados relevantes da pesquisa são: 1) 46% dos eleitores confiam no Poder Judiciário/Justiça; 2) 37% dos eleitores confiam nos sindicatos; 3) 32% confiam no sistema público de saúde; 4) 29% declaram confiar no Congresso Nacional; 5) E 25% afirmam que não confiam nos partidos políticos. Por outro lado, 90% dos entrevistados declaram confiar na família. Os dados apresentados mostram desconfiança por parte dos brasileiros com as instituições e forte confiança na família.

Considero que parte da sociedade brasileira está órfã institucionalmente, pois a confiança nas instituições é reduzida. A orfandade institucional significa que parte dos eleitores não acredita que as instituições são capazes de atenderem às suas demandas. Diante desta constatação, surge a seguinte indagação: é possível que manifestações semelhantes às de 2013 ocorram em 2014? 

Os resultados da pesquisa do IBOPE sugerem que as manifestações podem ser consideradas vetores que proporcionaram a diminuição da confiança de parte dos brasileiros para com as instituições. Entretanto, ressalto que: com exceção dos itens presidência da República e Governo Federal, os outros indicadores mostrados já contavam com reduzida confiança. Portanto, o sentimento de orfandade institucional contribuiu para a inquietação social. Neste caso, os manifestantes indagaram e em seguida os brasileiros: o que os governos estão fazendo por mim? O que eles podem fazer para me ajudar?
 Se manifestações intensas ocorreram em 2013, qual é a razão delas não ocorrerem novamente em 2014? Se a confiança nas instituições não aumentar e se os governos continuarem a não atender de modo satisfatório as demandas dos eleitores, vislumbro novas manifestações. 

Estudo do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) realizado em fevereiro de 2011 na cidade do Recife revelou que 87,7% dos entrevistados eram favoráveis à realização da Copa do Mundo no Brasil. 

Quando indagados quanto à construção dos estádios para a Copa, os seguintes dados são encontrados: 1) 26,9% eram favoráveis à construção de estádios apenas com dinheiro público; 2) 30,1% afirmavam que os estádios deveriam ser construídos com recursos públicos e privados; 3) E 24,7% salientaram que os estádios deveriam ser construídos apenas com recursos privados. Numa visão generalizante, considero que os dados apresentados já mostravam a insatisfação de parte dos eleitores brasileiros com os dispêndios dos governos com os estádios da Copa. 

As redes sociais e o jornalismo mostraram que os manifestantes reclamaram dos gastos com a Copa do Mundo. Se manifestantes reclamaram em 2013 dos gastos com a Copa, qual seria a razão deles não reclamarem em 2014? Então, aconselho aos variados atores políticos que participarão da competição eleitoral de 2014 que fiquem atentos à possibilidade de novas manifestações e a desenvolverem estratégias que anulem ou amenizem os efeitos delas em seus respectivos desempenhos eleitorais.

Adriano Oliveira - Professor e Cientista Político

FONTE:http://maisab.com.br/tvasabranca/inaldosampaio/2013/08/08/possiveis-manifestacoes-em-2014/

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

AS 10 OBRAS DOS 12 ANOS DO GOVERNO PETISTA - Almir Pazzianotto / O Estado de São Paulo

AS 10 OBRAS DOS 12 ANOS DO GOVERNO PETISTA
Almir Pazzianotto / Publicado na Folha de São Paulo

Na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014, o Partido dos Trabalhadores (PT) gozará de autoridade para reivindicar a paternidade de dez obras, em 12 anos de governo. São elas: mensalão, rompimento dos princípios da ética e da moralidade, insegurança jurídica, desprestígio da diplomacia, compra e venda de legendas, declínio das atividades industriais, exportação de empregos para China e Índia, criação de ministérios inúteis, construção e financiamento de estádios de futebol e oficialização da palavra "presidenta".

Amigos propuseram-me a inclusão da falência do ensino e da assistência pública à saúde, do endividamento, da alta dos preços, da inflação, do registro de milhares de sindicatos pelegos, da violência, da expansão do tráfico de drogas. Para alguns, o maior feito levado a cabo desde o governo Lula seria a reforma ortográfica, com obscuras regras sobre o uso do hífen e a eliminação do trema.

A relação não observa ordem de importância, mas o primeiro lugar foi destinado ao mensalão. Já se disse que o Brasil é produto de três culturas: a do sobrenatural, trazida pelos negros; a da indolência, transmitida pelos índios; e a do privilégio, herdada dos portugueses. O mensalão reafirma a sabedoria da asserção. Jamais se associaram tantos privilégios e privilegiados como na ação penal movida contra líderes do PT, secundados por comparsas de segunda e terceira categorias, todos com direito a participar da história com o rótulo de mensaleiros.

Em contraponto às realizações, mencionarei parte do que deixou de ser feito. Começo pela reforma política. Há muito prometida, e cobrada pelas camadas não alienadas da população, permanece adormecida nos porões do Poder Executivo. Como fruto da inércia, no balaio de gatos das legendas encontra-se de tudo. Basta acessar a página do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.jus.br) e o leitor se espantará com a fertilidade da classe política. O PT é irmão gêmeo da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Nasceu com o discurso de ser diferente, puro, integrado por operários do chão de fábrica e alguns intelectuais. Rejeitava políticos tradicionais e representantes da denominada burguesia. Com o tempo, e no desfrute do poder, transformou-se em cópia dos demais, sobretudo nos defeitos.

Hoje o PT se alimenta do Fundo Partidário e do horário obrigatório no rádio e na televisão e aderiu, com a CUT, ao peleguismo. "Ao diabo os escrúpulos", diriam os dirigentes, em agradável convivência com velhos oligarcas, empreiteiras, bancos, grandes empresas. "O poder tende a corromper", escreveu lorde Acton, cujas palavras são confirmadas pelos fatos.

A última revoada de parlamentares, à procura de legendas que lhes assegurem a reeleição, afronta o princípio constitucional da moralidade e seria energicamente coibida não fossem a lei, o Ministério Público e o Poder Judiciário passivos e lenientes diante de tramoias partidárias. Da mesma maneira que temos profissionais voltados para a criação e exploração de sindicatos, passamos, de alguns anos para cá, a conhecer o ofício de fundador de partidos, como revelou o Estado na edição de 23 de setembro, na página A5. Confirma-se o que Gilberto Amado já denunciava no século passado: "Partido político é associação de indivíduos para a conquista e a fruição do poder, só e só".

Descartada a reforma política, quais outras deixou o governo de fazer? Todas, a começar pela trabalhista.

Defendida pelo então presidente Lula no lançamento do Fórum Nacional do Trabalho (FNT), em julho de 2003, foi condenada ao ostracismo e levou consigo a reforma sindical. Objetivava o FNT "promover a democratização das relações de trabalho por meio da adoção de um modelo de organização sindical baseado na liberdade e autonomia. Atualizar a legislação do trabalho e torná-la compatível com as novas exigências do desenvolvimento nacional, de maneira a criar um ambiente propício à geração de emprego e renda". Pretendia, ainda, "modernizar as instituições de regulação do trabalho, especialmente a Justiça do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego". Os resultados foram pífios e as ideias de democratização e modernização caíram no esquecimento.

Aproximam-se as eleições de 2014 e, com elas, a chance de o eleitorado tomar nas mãos o encargo de promover, pelo voto, as reformas inadiáveis. Apesar de ter conduzido o Brasil à situação em que o vemos, a presidente Dilma Rousseff, por um desses insondáveis caprichos da vida política, surge como favorita no primeiro turno. Marina Silva, antes estrela de primeira grandeza, deixou o elenco principal para se transformar em coadjuvante e corre risco de se converter em figurante. A quem caberá a responsabilidade de enfrentar o rolo compressor federal na segunda rodada de votação? Essa é a dúvida que assalta os brasileiros.

Dois candidatos se anteciparam e já se encontram em campanha: Aécio Neves e Eduardo Campos. Sobre eles recairá, ao que tudo indica, o ônus de demonstrar que o PT e aliados não são imbatíveis. Ambos são experientes e titulares de interessantes currículos. Aécio é neto de Tancredo Neves e Eduardo Campos, de Miguel Arrais. Não perderam, contudo, as características de políticos regionais. Aécio Neves apresenta-se como porta-voz da oposição; Eduardo Campos, nem tanto.

A Nação anseia pela restauração da moralidade, abatida em sucessivos escândalos. As manifestações de rua são o termômetro da revolta popular. Reivindicam o respeito à ética e o combate à corrupção. Quem tiver ouvidos para o clamor do povo, e ganhar a confiança das pessoas de bem, será o próximo presidente.

*ADVOGADO, FOI MINISTRO DO TRABALHO E PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

CASA COR 2013 HOMENAGEIA BRUNO PEDROSA

BRUNO PEDROSA É HOMENAGEADO NA CASA COR 2013

A edição de 2013 da Casa Cor Ceará foi aberta na noite desta segunda-feira, 14 de outubro, com uma exposição em homenagem a Socorro França, Luciana Dummar e Bruno Pedrosa. Toda a renda do evento foi revertida para o Instituto Lourdes Viana.

SAIBA MAIS SOBRE ESTE GRANDE ARTISTA CEARENSE, LENDO SUA BIOGRAFIA:

Antigo e moderno, tradicional e estravagante, reflexivo e extrovertido, simplesmente e extraordinariamente contraditório. Assim se apresenta ao mundo o homem e o artista Bruno Pedrosa. Não é possível falar da vida do homem sem falar da obra do artista, e nem viceversa se pode separar a sua arte da sua vida.

Nascido em 11 de janeiro de 1950 na fazenda Catingueira, no sertão brasileiro, Raimundo Pinheiro Pedrosa XIV, recebe o nome dos seus antepassados com orgulho, consciente desde criança que a sua família detém uma tradição secular que o liga às terras do nordeste do Brasil. Crescido na casa dos avós paternos depois da trágica perda da mãe com um ano de idade, escuta diariamente as histórias que os mais velhos contam, no alpendre, balançando nas suas redes, aos mais novos sentados de pernas cruzadas curiosos de conhecer e assimilar a sabedoria deles. É neste  contexto que a família, os amigos e as relações revelam-se para o artista a essência da vida de um homem. Os primeiros desenhos vêm realizados entre cinco e seis anos, para sua irmã mais nova: são cenários teatrais onde ela pode ambientar as histórias das quais são protagonistas as suas bonecas.

Depois dos estudos primários em um colégio de Crato, distante 120 km da fazenda, e do liceu clássico em Fortaleza, aos dezoito anos, Bruno comunica a seu pai, fazendeiro de enésima geração, a decisão que modificará o curso da sua vida. Decidiu ir para o Rio de Janeiro, 3000 km de distância, para estudar na mais antiga e melhor Academia de Belas Artes do país, pois desejava tornar-se um artista. Mesmo sem compreender a decisão do filho, Manoel Pedroza o apoia incondicionadamente, dando-lhe assim a oportunudade de formar-se em História da Arte, Filosofia e Arqueologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nestes anos, de 1969 a 1975, o artista aproveita das férias de verão para viajar e explorar a América do Sul, conhecendo lugares, pessoas, culturas e histórias diferentes, que o enriqueceram na mente e no espírito. Visita a Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Perú. Os estudos arqueológicos despertaram a sua curiosidade e o exortam com interesse a aprofundar-se no estudo da cultura e arte dos Incas e outras civilizações pre;colombianas na America do Sul. Tudo isto influencia a arte de Pedrosa, que nestes anos de estudos e pesquisas dedica-se ao desenho figurativo que representam a alma dos lugares que conhece e da outra em desenhos acadêmicos surrealistas, que o levam a olhar seu âmago, sobrepondo imagens e pensamentos, colocando à prova suas capacidades formais.

Pode parecer paradoxal que um artista contemporâneo nutra uma paixão profunda pela arqueologia e a história, mas não é assim. O percurso artístico de Pedrosa se evoluiu ao longo de todo o arco da sua vida e ainda não se  concluiu. Pedrosa nasce desenhista e inicialmente as suas obras representavam aquilo que atirava sua atenção no mundo que o circundava, da antiga e tradicional  realidade cearense ao contemporâneo e frenético mundo cosmopolita do Rio de Janeiro.  A chegada nesta cidade nos anos ’70 levou-o a conhecer muitas pessoas do mundo intelectual da época, como Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Burle Marx, e qualquer ano depois, Pietro Maria Bardi, crítico de arte e diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), mentor e adepto do jovem Pedrosa, o suficiente para organizar uma série de exposições dos seus desenhos nos Estados Unidos e México. O estudo na Acadêmia e a frenesia da nova vida o exorta a experiementar, passando do monócromo à cor, do desenho figurativo essencial ao desenho surrealista, introspectivo, quase um prelúdio às transformações futuras. Contudo as viagens através da história, a Ouro Preto, a Machu Picchu, a Oruro, o mantém arraigado à tradição. Este mesmo amor pela tradição o leva a realizare uma pesquisa que prolonga-se à trinta anos: a reconstrução genealógicca da sua família das orígens, desde 1270 em Portugal e no Brasil depois de 1600, a hoje.

Terminado o período de estudos na universidade, Pedrosa está a procura de alguma coisa, não só de um contato mais profundo e sincero consigo, mas de um estilo de vida mais sereno. Decide assim, em 1976, de entrar para o Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, aonde restará por cinco anos. É aqui que Raimundo Pinheiro Pedrosa se transforma em Bruno, nome dado a ele pelos monges pelas suas afinidades caracteriais com seus mais célebres antecessores, São Bruno e Giordano Bruno. Nestes anos Bruno continua a trabalhar, realizando uma série de desenhos sobre o mosteiro, sucessivamente publicados em um álbum, mas ao mesmo tempo aproveita de toda e qualquer oportunidade para aprender e afinar as suas capacidades intelectuais e manuais, oferencendo-se como assistente biliotecário e trabalhando no laboratório de encadernação. No mosteiro  não encontra o que procurava e quando se aproxima o momento  de fazer o voto solene e definitivo decide voltar ao mundo.

Recomeça de onde tinha deixado, abre seu atelier ao público e conhece Elinor, com quem se casa em 1982, e que se revela como diz o artista “uma presença insubstituível na minha vida”. A mudança na vida se reflete nas obras, encerra definitivamente a fase de retratos, telas nas quais a semelhança com os personagens retratados são tão precisos quanto  distorcidas e irreais são as cores que utiliza. Deste periodo faz parte o retrato de João Paulo II, hoje no Vaticano.

Juntamente com a mulher, em 1987, decide de transferir-se do Rio de Janeiro a Nova Friburgo, onde Pedrosa possui um atelier mergulhado no verde. Esta reviravolta pessoal aproxima o artista à pintura, o seu estilo muda, o desenho continua a ser o alicerce das obras, mas o fulcro da sua atenção se põe nas cores.

Em 1990 uma nova e importante decisão: a Europa. Bruno se transfere com a família para Busca, provincia de Cuneo, cidade natal do tenor Giovanni Garnero, seu sogro. No Piemonte Bruno sente-se em casa: ama os campos de papoulas, os aromas da terra, as montanhas. Encontra aqui, do outro lado do mundo, alguns valores fundamentais da sua educação: a sabedoria dos mais velhos, a pacata dignidade das pessoas, a importância das tradições. E ainda uma vez sua arte se modifica com ele. Os desenhos deste periodo mostram pequenos detalhes das cidadezinhas da região, mas os quadros exprimem o tumulto dos seus sentimentos e tornam-se abstratos. São titubeantes, compostos, estruturados, mas abstratos. Pedrosa emboca uma estrada sem retorno. Deste momento em avante sua arte se modificará muitas vezes, mas não tornará jamais ao figurativo, que abandona completamente no inízio dos anos ’90.

O artista encontra na pintura abstrata seu instrumento de esperimentação, chegando a exprimir não mais a essencialidade do que vê, mas as suas emoções diante das experiências da vida. Sua arte cresce com ele, é influenciada pelos seus estudos, viagens, descobertas. Assim Bruno Pedrosa reinventa-se continuamente navegando por todos os continentes das artes e do mundo, da pintura à escultura, da América Latina à Europa, atravessando o vidro, a cerâmica, o bronze, a joalharia, os totens em papel, passando pelo Brasil, Estados Unidos, Itália, Holanda, França, Espanha, Potugal, Belgica, Alemanha.
Se, portanto, sua obra evolui no tempo em estruturas e formas sempre diversas, influenciadas pelos períodos mais tranquilos ou angustiados da vida, resta inalterada sua habilidade técnica e manual, que se manifesta no refinamento dos detalhes, na precisão dos contornos, na firmeza das linhas.

Em 1991, a família Pedrosa se transfere a Bassano del Grappa, no coração do  Veneto, onde o artista encontra tudo aquilo que necessita para se exprimir.  Veneza revela ao artista a descoberta dos vidros de Murano, que o conquistam pelas cores vibrantes. Nasce assim a colaboração entre Bruno e Oscar Zannetti, mestre vidreiro, que o ajuda a transportar ao vidro sua expressão na pintura. Em Verona, Bruno realiza suas esculturas em bronze, fascinado pela secular tradição da elaboração do metal e das patinas inovativas que se podem realizar.
Nos momentos felizes pinta. Nos momentos de desespero cria esculturas plásticas e enérgicas. Nos momentos de pesquisa espiritual, pessoal e artística, desenha.

Na serena tranquilidade das férias de verão em Saint Tropez Pedrosa desenha, expressão artísica da sua contemplação dos lugares e das cores ao seu redor, realizada com a precisão e a concentração que só a paz interior pode dar.

Contrariamente, quando da morte prematura do seu irmão ocorrida em 2006, Pedrosa se torna incapaz de enfrentar a tela, o espelho da sua alma, e por um ano não pinta. Neste momento de sofrimeno, sua necessiadade expressiva muda com ele e nasce assim uma série de esculturas em vidro de Murano. Cada obra é realizada graças ao esforço físico do artista, que com toda as suas energias e o peso do seu corpo esculpe o vidro talhando-o com esmeril. Somentte depois de ter liberado com impeto a sua raiva, sua dor, o artista volta a pintar, mas depois desta pausa sua pintura se transforma e revela uma nova maturidade.

Bruno recolhe nas suas novas pinturas tudo aquilo que o universo das obras escultoricas ensinou-lhe: a luz brilhante e cativante dos vidros de Murano se encontra na escolha da tinta à óleo, o perfeito equilíbrio formal das obras em latão inspira a evidente importância dos volumes e da profundidade ótica; a concreteza do impasto da terracotta, que é a base das esculturas de bronze e mármore, dá vida a uma nova utilização das cores, não mais diluídas, mas corposos e voluméricas.

Compreendemos assím que o estilo de Pedrosa é unico e bem delineado, as suas inumeráveis expressões artísticas representam igualmente a sua pessoa, complexa e essencial ao mesmo tempo. É portanto inútil e superfluo procurar nas suas formas um significado concreto, já que estas mesmas são a sua arte, sua visão do mundo, sua vida.

FONTE: Site oficial do Artista:
http://www.brunopedrosa.com/biografia-2/

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O EXEMPLO É TUDO! George Macário de Brito



 
O EXEMPLO É TUDO!
Existe um ditado popular chinês que diz: Puna um e eduque mil! É exatamente o que fazemos no Brasil! De modo invertido, é claro!

Não há dúvida que o exemplo é o maior professor. Conselho bom, da boca pra fora, de nada adianta se aquele que aconselha não pratica a ação de suas palavras. 

Com certeza, o exemplo é a base de uma boa educação familiar. Não adianta o pai dizer para seu filho: “Meu filho, fumar faz mal!” Se o pai não tira o cigarro da boca! Em muitos casos, só o exemplo basta, não há necessidade de palavras...

Há de se dizer, contudo, que o exemplo dado por todos na Sociedade reflete na conduta dos seus componentes, sem distinção. Neste caso, atente-se, para a questão LEGAL, notadamente, quanto à obediência às Leis, que se constitui no maior instrumento de construção e de evolução de qualquer nação do Mundo.

Além do mais, aliado ao cumprimento legal, existem vários outros aspectos imprescindíveis à evolução de um Povo. Entre eles, destacamos o PATRIOTISMO, o amor e o orgulho, de pertencer a uma Pátria. A propósito, não é por acaso que nos países de Primeiro Mundo este sentimento é invejável. Por que?

No Brasil, nossa “Pátria Amada”, lamentavelmente, só recebe afeto dos “filhos deste solo”, de quatro em quatro anos, por ocasião das Copas do Mundo de Futebol. Com um detalhe: Se estiver vencendo os jogos! Caso contrário, ela é visceralmente transformada numa autêntica “GENI”.

Mas, é de exemplo que estamos falando! Evidentemente, podemos observar que há uma correlação entre o EXEMPLO com vários outros sentimentos, tais como: AMOR, PATRIOTISMO, RESPEITO, ORGULHO... No Brasil, há muitos anos, este elo, que já se “atava” frágil, hoje, apresenta-se, muito mais tênue, porque não dizer, inexistente...

O reflexo da ausência de bons exemplos no País, agravando-se nos últimos dias, com a “PATAQUADA” promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), veio a coroar a universalidade dos maus exemplos praticados pelos mandatários de todos os Poderes da Nação, sejam nos Executivos, Legislativos e, doravante, nos Judiciários, do mais alto ao mais baixo Tribunal. O exemplo da decisão do julgamento do Mensalão,  sacramentou, em definitivo, a IMPUNIDADE no Brasil. O mais grave desta “absolvição”, foi que o STF tratou de enterrar, em cova rasa, o restinho do otimismo de milhões de brasileiros – OS HONESTOS – que gostariam de um dia se orgulharem, pelo EXEMPLO dado ao POVO, de viverem num País Sério.

TENTE MOVER O MUNDO, O PRIMEIRO PASSO SERÁ MOVER-SE A SI MESMO! (Platão)

Na esteira do que disse uma das maiores inteligências da humanidade, concluímos que nada irá mudar no Brasil se os brasileiros não derem o primeiro passo, começando pelo seu próprio EXEMPLO.   

Crato, 01 de outubro de 2013

George Macário de Brito – Editor