sexta-feira, 31 de maio de 2013

CRÔNICA PARA AS MÃES - Ronaldo Correia de Brito

CRÔNICA PARA AS MÃES
Ronaldo Correia de Brito

Mamãe morreu no dia 16 de maio. Ela esperou que eu retornasse de uma viagem à França, descansasse duas noites e então se encantou. Um zelo materno que foi a marca de sua vida. Seria doloroso não participar da cerimônia de sepultamento de pessoa tão amada. Os rituais ajudam o homem a nascer, a deixar a infância, a ingressar na vida adulta, a casar-se e a aceitar a morte.

Num único mês meu pai perdeu dois irmãos e a esposa. Morrer é um costume que sabe ter toda gente, escreveu o argentino Jorge Luis Borges. A idade nos empurra às separações. Até os quinze anos eu possuía tios bisavós, tios avós e duas dezenas de tios no primeiro grau. Numa única cidade dos Inhamuns, Parambu, moravam seis tios irmãos de minha avó paterna, que eu conhecia apenas pelos nomes extravagantes. Três gerações me precediam, porém foram caindo todos, à direita e à esquerda e em todos os lugares, como no poema do cearense Gerardo Mello Mourão.

Enquanto desciam Dona Ritinha ao túmulo, gritei versos do peruano Cesar Vallejo e pedi vivas e palmas para a mulher extraordinária.

“E eu te digo: quando alguém vai embora, alguém permanece. O lugar por onde um homem passou nunca mais será ermo. Somente está solitário, de solidão humana, o lugar por onde ainda nenhum homem passou”.

Mesmo partindo, Dona Ritinha fica, anda pela casa de um modo que nunca havíamos sentido antes. Se reproduz em nossos gestos, no jeito como rimos, em atitudes e vontades. É impossível não reconhecê-la na filha que arruma os pratos para o almoço, ou na caligrafia do neto. E não é apenas a lembrança de mamãe que continua pela casa, porém ela mesma.

Percorri de carro os 600 quilômetros que separam o Recife do Cariri, na companhia de minha esposa e dois filhos. No caminho, revendo a paisagem que fotografei em 44 anos de idas e vindas, inventariava ganhos e perdas. A paisagem invernosa, de um verde enganoso no ano seco, as carcaças de animais, as casas abandonadas e arruinadas, as cidades crescidas, os caminhões, as motos e as pessoas aceleradas nos postos de gasolina conspiram a favor de mudanças. Sim, tudo virou mesmo cidade e periferia de cidades, um novo caos.

E eu contemplo sentindo que nada posso fazer contra essa ordem que o mundo adquiriu, assim como posso bem pouco contra a ordem da doença e da morte. Procuro relaxar o corpo no banco do carro, respiro fundo e vejo em torno. Ver não faz mal aos olhos.

Aos 61 anos, compreendi a importância do Crato em minha vida. O vale cercado pela Chapada do Araripe de repente se abre em verde e azul, numa beleza arrebatadora. Parece um imenso útero que nos acolhe e alimenta. Espoliado, queimado, desmatado, cheio de aberrações arquitetônicas, os rios transformados em esgotos, as nascentes fechadas em tanques de cimento, os sítios e as lavouras abandonados, o barulho sufocando o silêncio, mesmo assim, o Cariri impressiona por sua grandeza. A terra onde minha mãe nasceu, aonde cheguei estrangeiro com cinco anos, vindo do sertão dos Inhamuns, esse lugar do meu primeiro exílio é também minha casa, como o útero materno. O Crato é a mãe. Foi isso que compreendi chorando, na tarde em que a fechavam numa cova de concreto.

Meus tios sobreviventes já não sabem abençoar, se empulham quando estendo a mão e peço: a bênção! Olham para os lados, esquecidos da reposta mágica. Bem diferente de quando o menino de dezesseis anos deixou a casa do pai. As pessoas parecem agitadas por algum transtorno. Deve ser a presença incômoda da morte, a consciência de um fim que o sol quente lá fora nega.

Mais tarde, quando todos os ritos foram cumpridos e sentamos em cadeiras em volta da cova, olhando a serra azul longe e escutando os passarinhos, nessa hora quase noite, parecemos apaziguados e felizes. Ninguém pensa em ir embora. Pra que lugar? Sei que restam apenas cinco tios e o pai acima de mim. Depois que esses também morrerem, ocuparei a fila da frente.

Penso nisso e me acalmo. Perscruto o silêncio sem medo.
PS: No dia das mães estava na França, a trabalho. Vi a edição de O POVO e senti vergonha de que minha crônica fosse a única que não celebrava as mães. Escrevi-a antes de viajar e nem havia lembrado a data. Agora, escrevo como órfão.


FONTE:http://www.opovo.com.br/app/colunas/ronaldocorreiadebrito/2013/05/25/noticiasronaldocorreiadebrito,3062122/cronica-para-as-maes.shtml





segunda-feira, 27 de maio de 2013

BOLSA FAMÍLIA NÃO DIMINUIU DESIGUALDADE, APONTA ESTUDO

BOLSA FAMÍLIA NÃO CONTRIBUI PARA REDUÇÃO DA DESIGUALDADE, APONTA ESTUDO.

Foto: Google Imagens.
A concentração de riqueza no Brasil é uma das mais elevadas do mundo.
O Programa Federal Bolsa Família atende 13 milhões de famílias pobres brasileiras, com repasses mensais entre R$ 32 a R$ 306. 
A iniciativa tem o objetivo combater a miséria, mas contribui com apenas 1% para reduzir a concentração de riqueza no país, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB).
Apesar da constatação, na última semana milhares de brasileiros de 12 estados do país protagonizaram um verdadeiro reboliço com os boatos sobre o fim do benefício.
Segundo os dados colhidos pelos pesquisadores Marcelo Medeiros e Pedro Souza, o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, que atende idosos e pessoas de baixa renda com deficiência física, são praticamente irrelevante para modificar a realidade de desigualdade no país.

Fonte: Ceará agora. 

domingo, 26 de maio de 2013

O CRIME VIROU ROTINA? George Macário de Brito

O CRIME VIROU ROTINA?
A escalada da Violência alcançou o cume da intolerância em todas as regiões do País. O Estado Brasileiro perdeu o controle de todos os seus mecanismos para o enfrentamento ao Crime e, o que é pior, o Cidadão se tornou refém do MEDO. 

É um fato! Quem está atrás das grades somos nós! Estamos aprisionados dentro de nossa própria casa, que também já não é um refúgio seguro, não é obstáculo para a atuação determinada dos criminosos, que não encontram limites físicos e nem virtuais, para a execução de suas ações, cada vez mais audaciosas e frequentes. 

Os casos estarrecedores, há muito tempo, não são mais exclusivos da Tela de TV ou do Rádio, noticiando o Plantão Policial. Estamos presenciando crimes que ocorrem no nosso dia-a-dia. O que mais assusta é a flagrante naturalidade das pessoas diante dos casos. O que está havendo afinal? Será que vamos deixar o CRIME virar rotina? Como se os ilícitos fossem simples ocorrências sem maiores consequêcias? Será que os criminosos vão conseguir atuar como quem age dentro da legalidade? A quem recorrer? Em quem confiar? Será que estamos perdendo a capacidade de nos indignar? 

Não! Mil vezes não! Reconheço a minha, a sua, a nossa indignação que anda bastante amarfanhada por causa do sentimento de completa impotência, contra todo este estado de ausência do Estado e de falta explícita de Governos, no contexto da segurança pública. Ou estou falando bobagens?

A Sociedade Brasileira vive um clima camuflado de Guerra Civil. Os números não mentem jamais! Não é preciso assumir esta condição de beligerância a que estamos submetidos, declarada por um Governo Paralelo, que aparenta mais "orquestrado" e mais competente - em suas ações - do que o Poder Constituído e Constitucionalizado.

O que se constatava, com mais ênfase, no Rio de Janeiro e em São Paulo, já é comum ao restante do País, nas médias e pequenas cidades, inclusive, no campo inocente, na pacata Zona Rural. O Crack chegou! A "Pedra do Diabo", toma conta do corpo e da alma de milhões de brasileiros, de todas as classes sociais, ferindo gravemente a FAMÍLIA, a célula-mãe do Brasil; O Tráfico de Drogas, de Armas, o Contrabando, a Pirataria, e a Bio-Pirataria(na Amazônia) encontram as fronteiras do Brasil completamente escancaradas e nada é feito!; A Impunidade, que é a Mãe da Corrupção, cada dia mais presente e atuante, faz crer aos criminosos, que, no Brasil, o crime compensa! 

Infelizmente, previsão de mudanças urgentes e radicais não há! Uma delas, seria o direcionamento das Forças Armadas, o Exército, Marinha e Aeronáutica, para atuarem no combate à criminalidade, saindo do enquartelamento, inúti e oneroso, para proteger, fiscalizar e controlar as nossas fronteiras, por uma questão de Soberania Nacional! Ou será que as Drogas e as Armas (usadas pelo Tráfico) não são responsáveis por uma "guerra interna" existente neste País? Estamos em Guerra ou não? Olha o número de mortes violentas, por ano, neste País!

No Cariri, em todas as suas cidades, inclusive, em Crato, nos deparamos com casos e casos escabrosos. Vivemos, sem dúvida, o mesmo drama nacional! De falta de Segurança Pública, de ausência de Governo e de descaso para com o Cidadão. Aquele mesmo, que tem que aturar, ainda, a violência dos PAREDÕES, de SOM e do "BBB"!

Estamos entregues à própria sorte!
Para não ser um tanto quanto pessimista, só nos resta apelar para a proteção Divina. Somente a FÉ pode nos salvar da sanha dos criminosos e do trajeto da bala perdida de um AR 15. 

NÃO PERDI A MINHA CAPACIDADE DE ME INDIGNAR
E DE FALAR A VERDADE!

George Macário - Editor

sábado, 25 de maio de 2013

ACIDENTES DOMÉSTICOS - Drauzio Varella / Edicão Especial

ACIDENTES DOMÉSTICOS

Dr. Dario Birolini, médico e professor titular de Cirurgia do Trauma na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, atua no pronto-socorro do Hospital das Clínicas (SP) e é diretor clínico do Hospital Sírio-Libanês (SP)
 
Parte substancial dos traumatismos ocorre dentro de casa. A pessoa encosta o braço na frigideira quente ou no ferro de passar, joga carne na panela, a gordura pula e atinge a mão de quem está cozinhando. Nesses casos, em geral, as lesões são pequenas e saram  sozinhas. No entanto, queimaduras mais extensas e graves também acontecem e são comuns em crianças que se aproximam do fogão, tocam nos cabos das panelas e viram o conteúdo – leite, molho, água fervendo – sobre o próprio corpo.
Lesões com sangramento provocadas por objetos afiados e quedas também ocorrem com certa frequência dentro de casa e, não raro, notícias sobre mordeduras de cachorro e afogamentos ocupam espaço no noticiário da imprensa.
Prevenir esses acidentes deve ser preocupação de todos nós a todo momento. Muitos deles seriam evitados com medidas simples e um pouco mais de atenção.

DEFINIÇÃO E FREQUÊNCIA
Drauzio – Como pode ser definido o acidente doméstico?
Dario Birolini – Gostaria de começar minha resposta questionando o emprego da palavra acidente nesse contexto. Acidente implica a ideia de fatalidade, de alguma coisa inevitável. No entanto, na imensa maioria das vezes, tanto os acidentes ditos domésticos como os que ocorrem fora de casa não têm nada de acidental. São provenientes de situações que poderiam ter sido evitadas. Por isso, melhor seria usar o termo genérico — trauma –, ou específico – queimadura, queda, afogamento – e esquecer a palavra acidente nesses casos.

Drauzio – Quais seriam, então, os traumas domésticos mais frequentes?
Dario Birolini – Embora não possua números definidos a respeito, com certeza, os traumas domésticos variam de acordo com a faixa etária. As causas mais comuns e mais graves são sufocação nos primeiros anos de vida e quedas nas pessoas mais velhas.
De modo geral, por alguma razão, a criança acaba morrendo sufocada por cobertores, lençóis ou por estar em posição inadequada. Já nas faixas de idade mais avançadas, as quedas são a causa mais comum de morte por traumas. Quedas que ocorrem em escadas se a residência foi construída e/ou arrumada sem levar em conta alguns aspectos básicos de prevenção e segurança. Entretanto, elas podem ocorrer em qualquer faixa de idade. Por exemplo, traumatismos provocados por quedas são comuns em crianças que sobem na laje da casa para empinar papagaio.
Outros traumas domésticos que costumam ocorrer com certa freqüência são os afogamentos em piscinas, rios e represas, as queimaduras e as mordidas de animais.

TRAUMA COM SANGRAMENTO
Drauzio – Traumas com sangramento são comuns em casa e, geralmente, são provocados por desatenção da pessoa ao executar tarefas domésticas. Quais são as medidas que devem ser tomadas de imediato quando ocorre um trauma com sangramento?
Dario Birolini – Um dos ensinamentos que a vida me proporcionou no atendimento de emergência é que a primeira preocupação de todos nós deve ser não agravar a situação do paciente com medidas inadequadas. Portanto, em cortes, queimaduras ou outros tipos de traumas, na medida do possível, deve-se evitar o uso de produtos químicos ou de soluções caseiras.
Não existe sangramento, em lugar nenhum do corpo, que não estanque com a simples compressão do local em que está ocorrendo a hemorragia. Tanto faz que o sangramento seja no pé, na mão ou na cabeça. Se a pessoa pegar um paninho limpo e exercer um certo grau de pressão sobre a ferida, pára de sangrar. O que não pode é desesperar-se, fazer garroteamento ou colocar qualquer substância em cima. Sangrou, põe um paninho limpo sobre o ferimento e aperta. Se for um corte de menores proporções, em três ou quatro minutos, terá parado de sangrar e acabou o problema. No entanto, se a lesão for maior e o sangramento mais intenso, a vítima deve ser levada ao hospital para ser atendida por profissionais da saúde, que cuidarão não apenas do ferimento, mas tomarão outras providências, como saber se o paciente foi vacinado, se precisa de antibiótico ou deve ser encaminhado para o serviço de cirurgia. Às vezes, mesmo um corte pequeno pode necessitar de procedimento cirúrgico, mas esse é um julgamento que cabe ao profissional de saúde dentro do hospital.


MORDEDURAS DE CACHORRO
Drauzio – O que se deve fazer no caso de mordedura de cachorro?
Dario Birolini – Esse é um problema muito crítico e que pode revestir-se de uma série de peculiaridades. Vamos imaginar que a mordida de um cachorro tenha provocado uma lesão traumática muito grande numa criança, porque arrancou um pedaço de pele, de músculo ou machucou a articulação, por exemplo. Obviamente, nessas condições, o tratamento só pode ser feito em regime hospitalar. Entretanto, como está implícito que a mordedura de qualquer animal, inclusive de humanos, pode provocar infecções que se alastram, porque na boca de todos eles existem várias bactérias, minha sugestão é que se recorra ao serviço de emergência, mesmo que o ferimento seja pequeno. Não é raro, dias depois do trauma, a criança ou o adulto aparecerem com infecção das partes moles (pele, músculo) muito extensa. Além disso, ao morder, animais também podem transmitir vírus, como o da raiva, e isso requer cuidados especiais.

Drauzio – As pessoas devem procurar atendimento médico mesmo que as mordeduras sejam pequenas e não haja sangramento?
Dario Birolini – Sangramento não é o que causa preocupação maior nas mordeduras. O problema é a infecção que se manifesta dias depois. Por isso, insisto em que a pessoa procure um médico para orientar as medidas que devem ser tomadas quando for mordida por algum animal.

QUEIMADURAS E CHOQUES ELÉTRICOS
Drauzio – Um dos traumas mais freqüentes em casa são as queimaduras e as pessoas se valem de medidas estranhas para aliviar a dor: esfregam manteiga, põem pó de café, passam o cabelo no local queimado. O que é certo fazer nesses casos?
Dario Birolini – Não se deve pôr absolutamente nada sobre a queimadura, nem mesmo uma substância química vendida nas farmácias e promovida pelos laboratórios, na imprensa. Se a lesão for superficial, a única coisa a fazer é proteger o local, a fim de evitar que uma batida ou escoriação possa causar dor, só por causa disso.
Nas queimaduras mais extensas, o procedimento deve ser exatamente o mesmo. Sem aplicar qualquer produto químico, farmacológico ou caseiro, deve-se cobrir a área com um pano limpo, sem apertar. Ele servirá, apenas, para proteger o local da dor que outros ferimentos possam provocar.
No entanto, o limite entre o ferimento banal e o grave, às vezes, é difícil de estabelecer. Na dúvida, – posso estar sendo repetitivo – é preciso sempre ouvir um profissional de saúde.

Drauzio – Na hora, é bom colocar água fria ou gelo na lesão provocada pela queimadura?
Dario Birolini – Pode colocar água fria. O melhor a fazer, porém, é proteger o local e aguardar. Em 99% das vezes, a santa natureza dá conta do recado, desde que ninguém atrapalhe. Se a pessoa acrescentar à agressão do calor agressões de substâncias químicas ou dos produtos que você mencionou, na verdade, em vez de ajudar, estará agravando a situação.

Drauzio –  Existe algum outro tipo de trauma que você gostaria de mencionar?
Dario Birolini – Outro problema que não mencionamos até agora, mas que vale a pena fazê-lo, são as queimaduras provocadas por eletricidade que particularmente ocorrem mais em crianças, ainda que os adultos não estejam livres delas. O último caso que vi no Hospital das Clínicas (SP) foi o de um senhor que subiu no telhado para consertar uma antena de televisão, tocou num fio descoberto, levou um choque e despencou lá de cima.


QUEDAS
Drauzio – Você falou que as quedas são mais freqüentes nas pessoas de idade que podem tropeçar num tapete ou escorregar e cair. Como se avalia a gravidade de uma queda?
Dario Birolini – Essa é uma pergunta muito difícil de responder, porque uma das características da doença trauma é que não obedece a nenhum padrão definido. É diferente da apendicite, por exemplo, que apresenta uma seqüência de sintomas no decorrer de horas ou dias. Nos traumas, é preciso considerar que, segundos antes, a pessoa estava absolutamente normal e, de repente, escorregou, caiu e bateu a cabeça. Como agir nessas situações? Em primeiro lugar e talvez o mais importante, é verificar se a pessoa está lúcida, se não perdeu a consciência, ainda que temporariamente. Se permaneceu consciente, ela dará informações sobre o que lhe dói e como se sente, informações que orientarão a conduta. Se não se queixar de nada muito definido e conseguir mexer as pernas e os braços, aguarda-se um pouco para ver como evolui o caso. Agora, se perdeu os sentidos, ainda que os recupere depois, especialmente se tiver mais idade, é  imprescindível que seja levada a um serviço médico de emergência para avaliação. O atendimento dispensado nos primeiros minutos depois da queda pode ser crucial no sentido de evitar que ocorram lesões mais graves no futuro.

Drauzio – Por que levar a um serviço de emergência é importante até quando a pessoa recuperou a consciência logo depois da queda?
Dario Birolini – O período de inconsciência, mesmo que passageiro, pode ser indício de um problema grave que irá ocorrer alguns minutos ou horas depois e que poderia ser evitado se a pessoa fosse atendida a tempo. Sem querer ser alarmista, ela morrer se não for levada a um serviço médico de emergência para avaliar seu estado geral depois da queda.

Drauzio – Que lesões pode apresentar a pessoa lúcida e consciente que sofreu uma queda?
Dario Birolini – Basicamente, a pessoa pode apresentar lesão em um membro (caiu, bateu a mão, o braço ou a perna e quebrou um osso, por exemplo). Estando lúcida e consciente, ela informará o que está sentindo (dor quando mexe a perna ou o braço pode ser sinal de fratura). Lesões que provocam dores internas no abdômen ou no tórax são mais difíceis de diagnosticar e exigem a realização de exames específicos. Dependendo da situação e dos sintomas, a pessoa deve ser encaminhada ao pronto-socorro para atendimento de emergência.

Drauzio – No caso de traumas na cabeça, sem perda da lucidez e da consciência nas horas subseqüentes, quais os sinais indicativos de que a pessoa deve ser levada imediatamente ao pronto-socorro?
Dario Birolini – A manifestação mais importante é sempre o estado de consciência. Se ficar sonolenta ou apresentar uma quebra no nível da consciência geral, a pessoa precisa ser encaminhada, o quanto antes, a um serviço de emergência.
Outras manifestações são muito difíceis para o leigo avaliar. Dizer se as pupilas estão iguais ou não e se respondem ao estímulo luminoso requer treinamento profissional adequado. Por isso, volto a insistir: na dúvida, um médico deve avaliar o caso, especialmente se pessoa tiver muita idade.

PREVENÇÃO
Drauzio – Você disse que é contra o termo acidente nesse contexto, porque dá idéia de um acontecimento inevitável e imprevisível e que, na grande maioria, os traumas ocorridos dentro de casa poderiam ser evitados. Quais são as medidas práticas para evitar os traumas domésticos e quais as pessoas que os apresentam com mais frequência?
Dario Birolini – Não existe uma fórmula única para prevenir os vários tipos de trauma ou lesões de causa externa dentro de casa.Todos conhecemos crianças que parecem mais propensas a apresentar problemas dessa natureza. Por isso, criança pequena que não tem consciência dos riscos que corre precisa obedecer a certas regras. Por exemplo, não pode entrar na cozinha e está proibida de aproximar-se do fogão; não deve subir em escadas para apanhar um objeto guardado numa gaveta mais alta. Além disso, não pode ficar sozinha quando estiver brincando na piscina, num rio ou no mar. Tem de ter sempre alguém por perto, vigiando.
Como não existe vacina antitraumática, a solução é conscientizar as pessoas sobre o que lhes pode acontecer. A idéia de prevenção de traumas tem que estar presente na cabeça dos pais e ser transmitida aos filhos de forma genérica. No passado, era comum as crianças agarrarem-se na borda do tanque de lavar roupa, que não estava bem preso e caía sobre seu tórax ou abdômen, causando lesões graves. Hoje, tanque solto é coisa rara. Assim como fizeram com os tanques, os adultos têm de proteger os fios elétricos com material isolante, manter as crianças longe das cozinhas, evitar seu acesso à piscina, mar ou represas sem companhia e tomar cuidado com objetos que possam causar sufocação.
É uma questão de postura. Não existe uma orientação única sobre como prevenir os traumas domésticos, mas se cada um de nós pensar um pouquinho vai descobrir muitas maneiras de evitá-los dentro da própria casa.

Drauzio – De postura e de disciplina. A pessoa precisa pensar que, qualquer descuido é o suficiente para que os traumas domésticos ocorram.
Dario Birolini – Podem ocorrer para qualquer um, a qualquer momento. Por isso, é preciso não descuidar das medidas de prevenção que devem ser implementadas dentro da própria casa.

Drauzio – É comum as pessoas abrirem uma gaveta e largarem aberta ou espalhar objetos pelo caminho sem pensar que alguém podem trombar com eles e machucar-se.
Dario Birolini – Ou, então, usar produtos de limpeza ou tapetes que aumentam o risco de escorregões e quedas. Portanto, prevenir lesões dentro do ambiente doméstico vai desde o planejamento da residência até a programação da rotina da vida diária.

Drauzio – Quando era interno no Hospital das Clínicas, estava suturando um ferimento numa senhora que havia cortado a perna com uma faca, quando um dos médicos mais antigos do pronto-socorro notou a existência de várias cicatrizes. Questionada a respeito, ela respondeu que se cortava muito com a faca. O médico lhe perguntou, então, se já havia experimentado olhar com atenção para o que estava quando mexia com a faca. Um cuidado simples, primário como esse, muitas vezes, não é levado a sério. Quando a pessoa deve adquirir a consciência de que prestar atenção no que está fazendo é fundamental para sua segurança?
Dario Birolini – Acho que isso deve ser ensinado desde os primeiros anos de vida, quando a criança começa a interagir com o mundo. É uma questão de postura dos pais. Da mesma forma que eles ensinam como selecionar os alimentos e o que pode ou não fazer, devem alertá-la no sentido de que é possível prevenir certos traumas. Brincar com o gatinho pode, desde que tome cuidado; subir em escadas altas não deve, porque pode cair e machucar-se são recomendações simples, porém essenciais para a segurança dos filhos.
Particularmente, quando há várias crianças reunidas, uma delas pode adotar uma atitude agressiva que não é intencional, mas favorece a ocorrência de algum tipo de lesão. Por isso, acho que a prevenção de traumas tem de ser ensinada nas escolas e não apenas em casa. Se considerarmos que a doença trauma empata com o câncer como segunda causa de mortalidade no país, conscientizar a criança do problema e oferecer-lhe treinamento nas escolas é uma forma de ensiná-las a cuidar da própria vida.

CUIDADOS NA VELHICE
Drauzio – As pessoas estão vivendo mais. Que cuidados devem ser tomados nas casas onde moram idosos?
Dario Birolini – Pela experiência que tem, o idoso sabe que não pode enfiar o dedo na tomada elétrica nem lidar com facas afiadas sem prestar atenção. Entretanto, ele está mais propenso a sofrer traumatismos provocados por quedas e, muitas vezes, cai porque vive num ambiente inadequado: escadas sem corrimão, banheiros sem barras de apoio, tapetes soltos, chão encerado, ausência de instrumentos que permitam deambulação segura dentro de casa. Algumas modificações no espaço em que o idoso vive são essenciais para adaptá-lo às necessidades das pessoas mais velhas e evitar acidentes.

Drauzio – Nos países desenvolvidos, a preocupação em adaptar os ambientes visando à maior segurança aos idosos prevê que as tomadas elétricas sejam colocadas mais alto para evitar que se abaixem e não haja quinas em que possam bater.
Dario Birolini – Não podemos esquecer que, cada vez mais, no planeta Terra, existe a variedade senescente do Homo sapiens que, por viver mais, está se transformando num desafio para todas as áreas do conhecimento: medicina, engenharia, arquitetura, etc.

RECOMENDAÇÕES AOS PAIS
Drauzio – Que outras recomendações você faria para os interessados em prevenir acidentes dentro de casa?
Dario Birolini – Queria alertar particularmente os pais de crianças pequenas a respeito de duas situações. Primeira: criança é curiosa, quer sentir o sabor das coisas e pode ingerir produtos tóxicos, medicamentosos ou não, se estiverem guardados em lugares de acesso fácil. São relativamente comuns os casos de crianças que, por terem bebido soda ou outro ácido qualquer, tiveram queimaduras internas graves que determinaram mudanças importantes em suas vidas.
Outro cuidado fundamental: armas têm de ficar fora do alcance da criança que pode não resistir ao ímpeto de ver como funcionam. Portanto, os pais precisam ficar atentos e tomar providências enérgicas para minimizar a possibilidade de que coisas como essas aconteçam dentro de suas casas.

FONTE:http://drauziovarella.com.br/audios-videos/estacao-medicina/acidentes-domesticos/

quarta-feira, 22 de maio de 2013

APRENDER A PESCAR - Rachel Sheherazade

APRENDER A PESCAR - Rachel Sheherazade
O boato foi mesmo maldoso. Provocou tumulto, confusão, quebra-quebra... Deixou aflitas milhões de famílias que dependem dessa ajuda do Governo. Mas, que o imbróglio sirva, ao menos, de alerta. 
E se a bolsa, de fato, acabasse?
E  se o poço, simplesmente, secasse?
O que seria desses milhões sem educação, sem emprego, sem profissionalização, totalmente dependentes do poder público? O Governo diz que milhões saíram da pobreza extrema, mas que paradoxo! Esses mesmos milhões ainda dependem de ajudas sociais para sobreviver. Não há fórmula mágica pra vencer a miséria. Não se sai da pobreza sem trabalho, sem salário, sem ganhar, com o suor do rosto, o pão de cada dia.Assistência tem que ser provisória, senão vira dependência, senão gera parasitismo...  Quem vive do bolsa-família precisa subir a um outro patamar, ganhar profissionalização, conquistar seu emprego, cuidar da própria vida.  Um dia o poço pode secar. É preciso, agora, aprender a pescar.
Rachel Sheherazade

A REFORMA DO CÓDIGO PENAL - Wilson Rodrigues

NOVO CÓDIGO PENAL TERÁ SEGURANÇA JURÍDICA PARA OS PRÓXIMOS 150 ANOS

O Estado do Ceará está preparando uma proposta a ser apresentada ao projeto de reforma do Código Penal Brasileiro no senado federal. Na ultima sexta feira o senador cearense, José Pimentel PT, integrante da comissão que cuida dos trabalhos naquela casa legislativa, esteve palestrando sobre o tema para alunos do curso de direito da Universidade Regional do Cariri. Pimentel disse que o C. P. B. tem 70 anos de vigência e sua reforma é desejo de todo País. O senador explicou que se faz necessário consolidar 123 leis esparsas e contraditórias que incorporam o código com a prioridade voltada para os crimes contra a vida e diminuição das penas dos delitos contra a propriedade e ao mesmo tempo enfrentar uma serie de crimes novos que não existiam na época em que o código foi aprovado. TEC Infrações como tortura, trabalho escravo, racismo, trafico de drogas, corrupção política, terrorismo, crimes no transito, eutanásia, ortotanasia, maus tratos a animais, aborto, maioridade penal, crimes na internet e muitas outras questões estão sob os olhares da reforma. Para José Pimentel só a reforma no Código Penal não irá amenizar os conflitos na sociedade brasileira, é preciso trabalhar mudanças no sistema educacional e tentar resolver a questão carcerária do País onde existem mais de 500 mil pessoas presas, o terceiro maior numero do mundo, sem atividades que possam lhes garantir a reintegração na sociedade. O senador citou o crime de vadiagem como o mais absurdo do atual Código que considera criminosa a pessoa sem emprego no Brasil.

Como qualquer matéria que trata do direito a liberdade de ir e vir das pessoas, o senador José Pimentel não descartou a possibilidade de surgirem polemicas entorno da reforma do Código Penal que deve ser reconstruído com bastante clareza para as novas demandas e a nova realidade brasileira com bastante segurança jurídica para os próximos 150 anos. Para que a reforma seja bem fundamentada o povo brasileiro está sendo ouvido pela comissão, colhendo opiniões e sugestões junto às universidades, escolas, entidades de classes e demais instituições de diversos setores da sociedade civil organizada. Um dos alvos principais da reforma, conforme Pimentel, é acabar com as chamadas brechas da lei que permitem conjunto de recursos judiciais e findam uma ação levar até 40 anos para ser julgada e concluída. O prazo para conclusão das reformas não pode ser tão longo ao ponto de inviabilizar o código e nem tão curto que não permita a participação da nação. Esta condição foi estabelecida pela comissão de sete juristas autores do anteprojeto que deu origem a reforma do C. P. B, disse o senador José Pimentel.

O curso de direito da Universidade Regional do Cariri tem 800 alunos da região e de estados vizinhos, mas compareceram a palestra pouco mais de 60 estudantes. O coordenador, professor Antonio Ambrosio de Oliveira disse que não foi feita uma proposta a ser entregue a comissão o que deverá ser feito nos próximos dias. Garantiu que os estudantes do curso vão realizar debates e discussões de idéias após conhecer com mais profundidade a proposta contida no anteprojeto.

Por: Wilson Rodrigues
Fonte:http://blogdocrato.blogspot.com.br/

terça-feira, 21 de maio de 2013

VEJA COMO É O VOTO NOS GRANDES PAÍSES...


ENTRE OS GRANDES PAÍSES, 
O VOTO SÓ É OBRIGATÓRIO
ONDE A CORRUPÇÃO E A 
IMPUNIDADE REINAM!

JOAQUIM BARBOSA: É DELE QUE O BRASIL PRECISA?

Joaquim Barbosa diz que crítica ao Congresso foi 'exercício intelectual'


O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, afirmou por meio de nota divulgada na tarde desta segunda-feira (20) que não teve "intenção de criticar ou emitir juízo de valor" sobre a atuação do Congresso.

Em palestra pela manhã em uma faculdade de Brasília, Barbosa disse que os partidos políticos no Brasil são de "mentirinha" e que o Legislativo se notabiliza pela "ineficiência e incapacidade de deliberar", o que o torna submisso ao Executivo.

O ministro diz ainda na nota que se valeu da "Liberdade de Ensinar", que assegura aos docentes o "livre pensar" em sala de aula, e que as suas declarações foram "um exercício intelectual feito em um ambiente acadêmico".

O texto da nota ressalta que Barbosa deu aula de direito constitucional, com foco no tema "presidencialismo" e separação de Poderes e que fez os comentários ao responder a perguntas de alunos "na perspectiva do funcionamento ideal das instituições".

Segundo o site do IESB (Instituto de Educação Superior de Brasília), porém, o tema da palestra era "O Marco Regulatório dos Grandes Eventos Esportivos - Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo 2014, Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016".

Na sua palestra, Barbosa defendeu ainda o fim do voto obrigatório no país e a implantação de um sistema de voto distrital. Para ele, os brasileiros não se sentem representados pelos parlamentares eleitos. De acordo com o ministro, a Câmara dos Deputados é composta "em grande parte por representantes pelos quais não nos sentimos representados".

"Passados dois anos da eleição ninguém sabe mais em quem votou. Isso vem do sistema proporcional. A solução seria a adoção do voto distrital para a Câmara dos Deputados. Teríamos que dividir o país em 513 distritos", afirmou.

Sem citar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 33, aprovada recentemente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que submete decisões do STF ao crivo do Congresso, ele disse que o eventual controle do Judiciário pelo Legislativo representaria o fim da Constituição.

"Você permitir que a decisão do Supremo seja submetida ao Congresso e depois a um referendo, isso significaria o fim da Constituição de 88, pois eliminaria o controle judicial", afirmou.

FONTE:http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/05/20/joaquim-barbosa-diz-que-criticas-ao-congresso-foi-exercicio-intelectual.htm

sexta-feira, 17 de maio de 2013

CARTA A UM PROFESSOR DE VERDADE! Não deixe de ler! É imperdível!!!

Ao meu querido professor... ( De Ana Beatriza Figueiredo Mota)

Eu confesso – Poucas são as pessoas que gostam de mim – pois não sei fingir.
Tenho uma alma revolucionária, ao extremo, e me provocam agonia e pesar tantas manifestações desumanas e miseráveis.

Ultimamente tenho pensado a respeito disso e cheguei a algumas conclusões.
Antes de tudo, devo ponderar sobre a facilidade e destreza que certas pessoas encontram em serem mesquinhas, pobres de espírito, baixas moralmente e desfavorecidas em intelecto. E isto não é marca de classes menos abastadas; pelo contrário, vejo cada vez mais pessoas que se dizem “endinheiradas” cometerem barbaridades contra as condutas da boa educação.

Exatamente isto, talvez mesmo por se taxarem “endinheiradas”. Possuem apenas dinheiro, folhas ao vento, mas sem nenhum valor espiritual, sem qualquer civilidade social ou condições normais e saudáveis de raciocínio .

E, realmente pensando sobre isso, sentindo-me envolvida por um mundo caótico e sem freios de cidadania, me surpreendi com a existência, bem nítida, de pessoas raríssimas, que diante de tanta falta de educação, indignidade e lixos humanos, conseguem se fazer “luzes” aos olhos alheios. Conheço poucas pessoas assim, mas tenho orgulho de suas existências presentes e coexistentes à minha vida.Uma dessas pessoas? O meu professor de literatura. Seu nome pode ser dito, sem receios: Osmar Oliva (foto).

Não estou escrevendo sobre o assunto para alçar elogios de ordem prosaica ao nobre docente. Quero apenas, diante de tantas desfavoráveis experiências humanas, citar apenas uma das poucas que pode ser digna de louvor.

Bem... O professor e doutor Osmar Oliva é alguém que se atém a comentários pertinentes à sua disciplina, ao conhecimento científico de sua área e também de outras, e nunca à comentários extraclasse. Respeita nossos horários de início e término de aulas, mesmo que alguns necessitem sair mais cedo para conseguir condução, o que ele entende perfeitamente.

Mas o que me chama mais atenção nele é a maneira de ser humilde e voraz, simultaneamente, em seus discursos. É humilde ao apontar nossas falhas de maneira coesa e ética, é voraz em nunca atingir um desafeto com más palavras, antes com boas palavras aos que à ele parecem pertinentes. É exatamente isso que me encanta em sua fala.
O professor derrota verbalmente, com uma oralidade magnífica, os tons alheios de arrogância e desumanidade. Ele declara, de um modo não-verbal, olhos de superioridade à ignorância que persuade os mesquinhos, e parece conseguir vê-la ao longe, como algo que não quer atingir nunca, pois sabe que estas banalidades pertencem apenas aos tôlos.

Então, eu utilizo agora um grande clichê: “Quero ser como ele, quando eu crescer.”
Quero que minha alma atenha-se acima das coisas mundanas, momentâneas e que coexista na delicadeza da nobre linguagem humana. Desejo mais afetos que inimigos e quando não puder tê-los nessa ordem, desejo o silêncio, somente. O meu e o alheio.
Que eu esteja, sempre, acima das coisas e das pessoas pequenas. Que eu apenas sinta que passaram por mim, como o vento, por mais que o vento seja dotado de uma positividade enigmática. Apenas peço a Deus que me dê forças e coragem para não responder aos medíocres, que ocupam suas vidas e suas podres almas de tanta sordidez e futilidades, da vida alheia, da inveja ao mérito dos justos.

E por isso também que estou escrevendo. Por que parece tão fácil responder com grosserias à pessoas baixas e tão difícil assumir a nobreza de caráter de apenas uma, quando a encontramos em nossas vidas?

Escrevo para dizer ao professor Osmar e às raras pessoas como ele que sinto orgulho de conhecê-los, de tê-los tão próximos, para que talvez eu consiga absorver e aprender coisas boas. Escrevo para que estas poucas pessoas possam ter a certeza de uma admiração verdadeira e saudável, porque são dotados de atitudes saudáveis e justas. Escrevo para não perder meu tempo com pessoas ou coisas fúteis. Prefiro preencher minhas horas com palavras afetuosas e puras.

Neste semestre, essencialmente, entre tantas decepções e desprazeres, pude conhecer uma pessoa maravilhosa, que com certeza ofuscou e apagou muitas tristezas, muitas lágrimas, não só minhas, mas de muitos colegas... Com a sutileza de suas considerações, com sua evocação e admiração machadiana, com seus apontamentos sobre a sedução da escrita, com sua postura lúcida e perfeita, com a aura do professor realista e espontâneo. Passei a amar a literatura, passei a ler Machado de Assis. Quero ter como exemplo pessoas excelentes e íntegras!

FONTE:http://pensador.uol.com.br/frase/NDUyNTE5/

PRA QUE CHUTAR CACHORRO MORTO!!! - É COVARDIA!


Os mais velhos, cheios da sabedoria dos antigos, sempre diziam "ninguém chuta cachorro morto!" 
Eis aí uma verdade.

Quando se deparar com pessoas criticando muito ou falando mal de você( e dos outros) aos quatro ventos, antes de se irritar, lembre-se que elas estão se ocupando de você.

Sim, e se estão se ocupando de você é porque você tem alguma importância para elas. Algo você tem que as incomoda.É porque você está vivo e incomodando. Se você fosse um anônimo, um desconhecido total ou mesmo se estivesse morto (um "cachorro morto"), ninguém se incomodaria em falar mal, ou criticaria você. Só falam de você porque há um incômodo qualquer.
 
Há pessoas que se ocupam da vida alheia como uma verdadeira profissão. Principalmente se esta for a única profissão que lhes restou.

E há pessoas que se incomodam demais com essas falações e fofocas a ponto de perder o sono e a tranquilidade.  As duas estão erradas. A que fala não deveria falar e a que se preocupa não deveria se preocupar.

O indivíduo “comentado”, se assim podemos chamá-lo, deve ter orgulho em se sentir comentado. Afinal, se quis aparecer, o objetivo foi alcançado ao ponto de, outrora grandes, hoje falarem dele numa inútil tentativa de denegrir sua imagem.

Pessoas sérias, idôneas, não falam mal das outras. Se pessoas sérias têm alguma crítica a fazer a você, com certeza terão a dignidade de lhe falar diretamente e não aos outros, nos refeitórios, nos bares, pela Internet, em portas de igrejas ou onde quer que seja.

Lembre-se que quando você responde ou dá mostras de sua irritação com esse tipo de pessoa de baixo nível, você está descendo ao nível dela, se rebaixando e se tornando igual a ela. E não vale a pena se tornar um “João Ninguém” se rebaixando a tal.

O melhor que você poderá fazer é oferecer-lhe um solene desprezo e continuar sua vida sem se incomodar com fofocas, mesquinharias, caras-feias e até malcriações. Diz a lenda que cara feia é fome. Neste caso, muitas vezes, sede…sede de teta pra mamar.

Muitas vezes, o que essas pessoas que vivem a se ocupar da vida alheia querem é chamar a sua atenção. E quanto mais você responder, discutir, brigar, mais atenção estará dando a elas, ou seja, estará fazendo o jogo delas. Evite entrar no jogo dos derrotados.

Pessoas inteligentes falam de idéias.
pessoas comuns falam de coisas.
pessoas mediocres falam mal de outras pessoas.


FONTE: INTERNET

domingo, 12 de maio de 2013

quinta-feira, 9 de maio de 2013

CONHEÇA O WWW.BUSCARTE.COM.BR

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NOSSO TRABALHO TEM COMO OBJETIVO A DIVULGAÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ARTISTAS, PRINCIPALMENTE, OS DA REGIÃO DO CARIRI, QUE SÃO MUITOS E TALENTOSOS, DOS QUAIS NECESSITAM, CADA VEZ MAIS, INSTRUMENTAR-SE DOS MEIOS POSSIBILITADOS PELA INTERNET, PARA QUE HAJA A NECESSÁRIA ADEQUAÇÃO ENTRE O AMOR PELA ARTE E A SOBREVIVÊNCIA PROPORCIONADA POR ELA PRÓPRIA.

O SITE WWW.BUSCARTE.COM.BR ESTÁ SENDO CRIADO COM ESTA FINALIDADE, PELA NECESSIDADE SENTIDA NA PRÓPRIA PELE, DE MOSTRAR AO MUNDO, A CRIATIVIDADE, A QUALIDADE E A DISPONIBILIDADE PARA A COMPRA E VENDA, TOTALMENTE PROFISSIONALIZADA, DE TODA A NOSSA FANTÁSTICA PRODUÇÃO ARTÍSTICA.

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GRANDE ABRAÇO
GEORGE MACÁRIO - ARTISTA PLÁSTICO - Administrador

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A CULPA É DA COPA! - George Macário de Brito


COM O PAÍS DIRECIONANDO OS MAIORES INVESTIMENTOS  PARA A COPA DO MUNDO E OLIMPÍADAS, AS PREFEITURAS DEVERÃO ENFRENTAR A MAIOR "SECA" DE VERBAS FEDERAIS E ESTADUAIS, EM TODOS OS TEMPOS.


Com a atenção do Mundo voltada para o Brasil nos próximos anos, com a realização da COPA DO MUNDO, em 2014, e as OLIMPÍADAS, em 2016, o Governo Federal e os Estaduais, prevenindo o não pagamento de um “mico internacional", não mediram e nem medirão esforços financeiros, em pesados investimentos, no sentido de garantirem o sucesso dos dois maiores eventos esportivos do Planeta.

É aí onde o “bicho vai pegar”! Quem assumiu, por este período, o comando de Prefeituras, num País de tamanho continental, pode ir se organizando para amargar a diminuição drástica de investimentos Federais e Estaduais em seus municípios, coisa que, sem COPA e sem JOGOS OLÍMPICOS, já não era tão fácil de conseguir.

Para agravar, ainda mais a situação, não esqueçamos, no entanto, de que, em 2014, teremos ELEIÇÕES para Presidente, Governador, Senador (uma vaga), Deputados Estaduais e Federais. Já consigo até enxergar muitos candidatos aparecendo, reaparecendo e apresentando suas atuais e futuras justificativas, preparadas na ponta da língua: “A CULPA foi, é e, será, por muitos anos, da COPA e das OLIMPÍADAS!”.

Uma coisa é certa: Sabe quem vai pagar o “Pato”? Nem pense que é aquele jogador! Somos nós, os brasileiros, “pagadores de promessas” e pagadores da maior carga tributária do Mundo. Que, nos últimos e nos próximos 18 meses, teremos que assistir a gastança do nosso rico dinheirinho”, para que este evento ocorra sem maiores problemas. O que seria muito bom para a imagem do País e de certos candidatos(a), sobretudo, se a Seleção “Canarinha” levantasse o “caneco”. Uma realidade que hoje, está mais para filmes de ficção e de ação: Uma “Missão Impossível”!

E, enquanto tudo isto estiver ocorrendo, muito mais “para inglês ver”, e milhões de “nativos alienados” estiverem vibrando com o “passe a passe”, com o “jogo a jogo” e com o ôba- ôba da Copa no Brasil (não é DO BRASIL, pois, pelo custo, não é para os brasileiros! A prova é tanta, que a FIFA atropelou até a Lei Seca nos Estádios – NÃO VALE!), todo o restante do País, após o apito final do árbitro, assistirá a continuidade e o agravamento dos nossos problemas em Saúde, Educação, Segurança Pública, Estradas, SECA DO NORDESTE, entre outros não menos críticos.


Apesar de tudo, com absoluta certeza, todos nós queremos ganhar a COPA, o HEXA! Pense numa festa! Mas, pensando bem, seria melhor não termos que pagar, ganhando ou perdendo a Copa! Não tem jeito! Pagaremos o preço do anfitrião, que já é exacerbadamente alto e inflacionado pela corrupção entranhada no DNA nacional, com o grande número dessas obras, de alguma forma, com valores irreais. Mas, serão os municípios brasileiros que estarão a penar, seus Prefeitos com dois pires nas mãos e seus munícipes a sofrerem pela inércia e, porque não dizer, pela ineficiência dos poderes públicos municipais, sem a menor condição de enfrentarem a maior “SECA” de verbas Federais e Estaduais jamais vista, nos próximos anos e em todos os tempos. 

A Festa é de todos! A Culpa é da Copa! Mas, a Conta vai para quem trabalha e paga impostos neste País!
Será que os nossos representantes têm consciência disso?
Austeridade e honestidade podem e devem colaborar com as suas administrações! 
Senhores Gestores, apertem os cintos! O Dinheiro vai sumir! E isto não é filme!

GEORGE MACÁRIO DE BRITO – Editor do Blog O DEMOCRATO